Lucro pressionado

Essa oportunidade da Vale (VALE3) pode encher seu bolso em setembro

Investidores têm até 12 de agosto para garantir o direito ao pagamento milionário da mineradora.

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Essa oportunidade da Vale (VALE3) pode encher seu bolso em setembro
  • Vale (VALE3) pagará R$ 1,89 por ação em juros sobre capital próprio no dia 3 de setembro.
  • A data limite para comprar os papéis e ter direito ao JCP é 12 de agosto de 2025.
  • Lucro líquido caiu 24% no 2T25, mas avançou 52% frente ao 1T25.

A Vale (VALE3) anunciou nesta quinta-feira (31) que pagará R$ 1,89 por ação em juros sobre o capital próprio (JCP). Os investidores que estiverem posicionados na mineradora até o dia 12 de agosto receberão o valor depositado em 3 de setembro.

A partir de 13 de agosto de 2025, a Vale começará a negociar suas ações na forma “ex-JCPs”, ou seja, sem direito ao provento. A notícia reforça o perfil de retorno ao acionista da companhia, que mantém distribuição robusta de caixa mesmo com a queda do lucro.

Como garantir o pagamento

Quem pretende aproveitar a distribuição de R$ 1,89 por ação precisa ter os papéis VALE3 até o pregão do dia 12 de agosto. Após essa data, os investidores negociarão as ações sem direito ao JCP.

Para os investidores, o montante reforça a atratividade da mineradora, que continua sendo uma das maiores pagadoras de proventos da Bolsa brasileira. O pagamento programado para setembro é parte do plano de retorno de capital definido pela Vale, que busca manter dividendos consistentes mesmo em cenários desafiadores para o minério de ferro.

Vale lembrar que, por se tratar de JCP, o valor distribuído sofre retenção de Imposto de Renda na fonte, geralmente à alíquota de 15%. Ainda assim, o rendimento líquido é considerado interessante por analistas, especialmente para quem já possui as ações em carteira.

Lucro menor, mas acima das projeções

No segundo trimestre de 2025, a Vale registrou lucro líquido de US$ 2,1 bilhões, queda de 24% frente ao mesmo período de 2024. Apesar disso, o resultado foi 52% superior ao registrado no primeiro trimestre deste ano.

A companhia já vinha sendo pressionada pela queda nos preços do minério de ferro, que recuaram 13,3% no período, com preço médio realizado de US$ 85 por tonelada. Ainda assim, analistas destacam que a mineradora conseguiu entregar números dentro das expectativas, especialmente no lucro proforma, que avançou 6% com impacto positivo dos swaps cambiais.

Segundo a própria Vale, os instrumentos de hedge contribuíram para compensar parte da queda nos preços de venda e reduziram a volatilidade dos resultados financeiros no trimestre.

Vale continua no radar dos dividendos

Com a distribuição de R$ 1,89 por ação, a Vale reafirma seu compromisso com a política de proventos atrativos, o que mantém os papéis entre os favoritos dos investidores de perfil de renda.

Analistas apontam que a mineradora ainda tem potencial de gerar dividendos robustos, especialmente se o mercado de minério se estabilizar no segundo semestre. Além disso, o retorno do fluxo de caixa e a estratégia de recompras reforçam a atratividade da companhia.

Com a proximidade do pagamento, muitos investidores tendem a aumentar posições em VALE3 para garantir os rendimentos. Ainda assim, especialistas recomendam avaliar o cenário global de commodities e as projeções de preços antes de montar posição apenas pelo JCP.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.