
- ORVR3 entra na carteira de Small Caps com tese de longo prazo e expansão de mercado.
- Os analistas retiraram a UNIP6 após a reavaliação setorial, mas mantêm cobertura positiva para o ativo.
- Outras carteiras também passaram por ajustes táticos pontuais em agosto.
A Toro Investimentos, em parceria com a Santander Corretora, promoveu mudanças importantes em sua carteira recomendada de Small Caps para agosto de 2025. A equipe de análise incluiu a ação da Orizon (ORVR3) como nova aposta para o mês, focando em crescimento sustentável.
Para dar espaço à nova entrada, os analistas optaram por retirar Unipar (UNIP6) do portfólio. A decisão reflete um movimento estratégico mais amplo, embora a empresa siga com fundamentos sólidos e continue sendo acompanhada pela equipe da corretora.
Por que ORVR3 entrou na carteira de agosto
A Orizon (ORVR3) atua no setor de soluções ambientais e vem se destacando por entregar resultados crescentes com margens consistentes. A empresa mantém uma estratégia focada na expansão do número de ecoparques, aumento de contratos de longo prazo e diversificação de receitas.
A tese da Toro/Santander está ancorada na combinação entre previsibilidade de fluxo de caixa e capacidade de reinvestimento. Além disso, os analistas consideram que o papel está sendo negociado a múltiplos atrativos, com potencial de valorização no médio prazo, especialmente diante da agenda ESG crescente.
Outro fator decisivo foi o modelo de negócio resiliente, que tende a se beneficiar mesmo em momentos de volatilidade macroeconômica. Como atua em um setor regulado e com receitas protegidas por contratos, a Orizon oferece mais estabilidade do que outras small caps cíclicas.
A entrada na carteira também amplia a diversificação setorial, diluindo riscos e reforçando a tese de crescimento sustentável com menor exposição a flutuações de mercado.
Por que UNIP6 foi retirada da seleção
A saída da Unipar (UNIP6) da carte de agosto não representa uma reversão de recomendação. Segundo a corretora, a decisão foi técnica e relacionada a ajustes táticos no perfil da carteira, especialmente frente ao atual ciclo da indústria petroquímica.
O setor enfrenta pressão de margens e alta concorrência externa, o que afetou a dinâmica de preços e reduziu a previsibilidade de lucros no curto prazo. Apesar disso, a Unipar continua sendo uma companhia sólida, com governança reconhecida e bom histórico de geração de caixa.
A ação ainda permanece na cobertura analítica da casa, que mantém avaliação positiva sobre o longo prazo, principalmente se houver melhora no cenário global de commodities químicas. A exclusão visa dar espaço a nomes mais alinhados com o cenário atual.
Ao sair temporariamente da carteira, a Unipar cede espaço para empresas com maior assimetria de retorno e menor risco setorial, mantendo o equilíbrio da seleção.
Outras carteiras também foram atualizadas
Além das Small Caps, a Toro/Santander atualizou suas demais carteiras para agosto. Na Ibovespa+, houve um leve rebalanceamento: Totvs (TOTS3) teve aumento de 1 ponto percentual (de 8% para 9%), enquanto WEG (WEGE3) perdeu 1 ponto (de 8% para 7%).
Já na carteira de empresas americanas, o destaque foi a inclusão dos BDRs da BlackRock (BLAK34) com peso de 5%. Para encaixar essa nova posição, os analistas reduziram a alocação de cinco empresas: JPMorgan, GE Aerospace, Visa, Berkshire Hathaway e Brookfield Corporation.
As carteiras Valor e Dividendos foram mantidas sem alterações, mantendo o foco em geração recorrente de fluxo de caixa e valorização consistente. Segundo a corretora, o cenário atual exige atenção seletiva, mas ainda há boas oportunidades na renda variável.