
- Pátria Recebíveis Imobiliários (HGCR11) entrou na carteira com peso de 7% e yield estimado de 13%.
- Os analistas excluíram o RBRF11 e reduziram em três pontos percentuais a participação do HSML11, mas mantêm recomendação positiva para ambos.
- Carteira superou o IFIX em 2025, com retorno acumulado de +11,13% até julho.
A Toro Investimentos e a Santander Corretora anunciaram a nova composição da carteira recomendada de fundos imobiliários (FIIs) para agosto de 2025. A principal novidade é a entrada do HGCR11, fundo da Pátria Investimentos, que assume peso de 7% no portfólio com foco em renda e ganho de capital.
A inclusão exigiu cortes táticos: o fundo RBRF11 foi removido completamente, enquanto o HSML11 teve seu peso reduzido de 8% para 5%. Ainda assim, os analistas reforçaram que continuam com visão positiva sobre ambos os ativos, mantendo-os sob acompanhamento.
HGCR11 estreia com desconto e foco em inflação
O fundo Pátria Recebíveis Imobiliários (HGCR11) foi incluído com base em três fatores centrais: desconto de 3% sobre o valor patrimonial, yield estimado de 13% e exposição a CRIs indexados ao IPCA. Esses pontos tornam o ativo uma alternativa atrativa para quem busca previsibilidade com proteção contra a inflação.
Assim, a carteira atual do HGCR11 contém 41 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com taxa média de 8,2%. Segundo o relatório, a estratégia da gestora tem se concentrado em ampliar a parcela de ativos atrelados à inflação, o que proporciona maior estabilidade nas receitas recorrentes.
Ademais, cerca de 57% do patrimônio líquido do fundo está distribuído entre os setores de varejo (39%) e logística (18%), considerados resilientes e com bom desempenho operacional mesmo em um ambiente macroeconômico adverso.
Desse modo, esse perfil reforça a tese do Santander e da Toro de que a renda pode ser fortalecida sem abrir mão da segurança e da diversificação.
Ajustes estratégicos e desempenho recente da carteira
A entrada do HGCR11 exigiu reequilíbrio na alocação da carteira. Com isso, o RBRF11 saiu integralmente, enquanto o HSML11 sofreu corte de 3 pontos percentuais. Apesar da redução, os dois FIIs seguem recomendados e mantêm presença em relatórios analíticos da corretora.
Sendo assim, a carteira permanece com 12 ativos e mantém foco na combinação entre renda recorrente e ganho de capital. Os fundos MCC11, GARE11 e KNCR11 seguem entre os destaques, com participações de 12%, 12% e 6,5%, respectivamente. O yield médio estimado é de 11,9% ao ano, considerado atrativo em cenário de juros elevados.
Além disso, em julho, o fundo CVBI11 se destacou com valorização de +1,94%, segundo dados da própria carteira. No acumulado de 2025, o portfólio já entregou +11,13% de retorno, superando o IFIX, que avançou 10,27%. Desde o início, a rentabilidade é de +158,61%, frente a +94,54% do benchmark.
Portanto, esse histórico reforça a consistência da estratégia adotada, mesmo em momentos de maior instabilidade.
Outras carteiras: ações, BDRs e dividendos
Além da carteira de FIIs, a Toro/Santander atualizou outras frentes. Na Small Caps, houve a entrada da Orizon (ORVR3) e saída da Unipar (UNIP6). Já na carteira Ibovespa+, Totvs (TOTS3) teve o peso elevado de 8% para 9%, enquanto WEG (WEGE3) recuou de 8% para 7%.
Ademais, na carteira de empresas americanas, os analistas incluíram o BDR da BlackRock (BLAK34) com peso de 5%. Para isso, reduziram 1 ponto percentual de cinco ativos: JPMorgan (JPMC34), GE Aerospace (GEOO34), Visa (VISA34), Berkshire Hathaway (BERK34) e Brookfield (B1AM34).
As carteiras Valor e Dividendos permaneceram sem alterações. Portanto, segundo o relatório, elas mantêm foco em geração consistente de fluxo de caixa e valorização patrimonial, com estratégias já consolidadas.