
- ANP aprovou 40% de Peregrino; faltam 20% para controle integral.
- Ativo produz 100 kbpd e pode turbinar caixa, Ebitda e dividendos da Prio (PRIO3).
- Próximos gatilhos: fato relevante, aval da 2ª parcela e cronograma de closing/operação.
A ANP aprovou a compra de 40% do campo de Peregrino pela Prio (PRIO3), primeira etapa do acordo de US$ 3,5 bilhões firmado com a Equinor. O negócio foi estruturado em duas fases (40% + 20%).
Com o sinal verde, a companhia fica a uma aprovação de controlar 100% do ativo. Até a publicação, o fato relevante ainda não havia sido divulgado; o mercado monitora o documento oficial.
Por que importa para PRIO3
Peregrino é um ativo offshore com produção próxima de 100 mil barris/dia e curvas mais estáveis que a média de campos maduros, combinação que tende a gerar caixa e sustentar dividendos.
Além disso, o Cade já havia aprovado a transação em junho, reduzindo incertezas concorrenciais.
Por fim, a incorporação de Peregrino pode elevar o Ebitda e o fluxo de caixa livre da Prio, apoiando re-rating das ações PRIO3.
O que falta e os riscos
Agora, a companhia aguarda o aval da ANP para a parcela final de 20%. Depois disso, vêm assinaturas, closing e ajustes usuais.
No curto prazo, o cronograma operacional precisa considerar paradas e integração no FPSO Peregrino, além de CAPEX de continuidade.
Por outro lado, preço do Brent, eventuais ajustes ambientais e execução de sinergias seguem no radar dos investidores.
Efeito no mercado
A aprovação parcial tende a ser positivo de curto prazo para PRIO3, pois aproxima a empresa de um ativo escala + vida longa.
Caso o segundo aval saia, a tese ganha tração: mix de produção mais resiliente e alavancas de eficiência sob gestão da Prio.
Enquanto isso, o mercado espera o fato relevante para estimar timeline, capex incremental e impactos no guidance.