Leves quedas

Fechamento: Bolsa travada, dólar recuando e provável surpresa na próxima segunda

Ibovespa fica estável, Vale e Petrobras escorregam e BB puxa alta, enquanto dólar recua e DIs cedem de olho no Fed.

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Fechamento: Bolsa travada, dólar recuando e provável surpresa na próxima segunda
  • O índice ficou estável enquanto o dólar cedeu e os DIs recuaram com o exterior misto e o debate sobre o Fed.
  • As altas de BB e frigoríficos compensaram apenas em parte as quedas leves de Vale e Petrobras e deixaram a pontuação travada.
  • A semana termina positiva e a próxima começa com IBC Br no radar enquanto dados dos Estados Unidos seguem guiando juros e humor.

O Ibovespa encerrou praticamente de lado, em leve queda de 0,01%, aos 136.340,77 pontos, e emplacou a segunda semana seguida no azul, com ganho de 0,31%. Além disso, o dólar caiu 0,35%, a R$ 5,398, e os juros futuros fecharam em baixa por toda a curva.

Lá fora, os índices americanos terminaram mistos após dados de varejo firmes e confiança mais fraca, enquanto o debate sobre o ritmo do Fed manteve o investidor cauteloso. Assim, a direção da próxima semana ganhou peso extra no radar.

Bolsas e juros: o pano de fundo

Os negócios em Nova York oscilaram sem direção definida, porém a semana ficou no azul, o que ajudou a segurar o apetite a risco. Além disso, a combinação de CPI mais suave e PPI mais forte manteve apostas em corte de 25 pontos-base.

Enquanto isso, o real ganhou tração com o DXY em queda, e os DIs cederam, porque o cenário externo aliviou parte do prêmio de risco. Assim, a curva local respondeu ao câmbio e à leitura de política monetária.

Por fim, o noticiário geopolítico seguiu no pano de fundo e limitou movimentos maiores, embora o foco imediato tenha permanecido nos dados de atividade.

Quem puxou e quem segurou o Ibovespa

O Banco do Brasil (BBAS3) virou o jogo na sessão e subiu 4,03% após balanço já precificado, ainda que com ROE pressionado; além disso, a leitura de que o pior ficou para trás ajudou a ação. Bradesco (BBDC4) avançou 0,12% e Itaú (ITUB4) recuou 0,35%, enquanto Santander (SANB11) ganhou 0,26%.

Nos frigoríficos, BRF (BRFS3) disparou 5,62% e Marfrig (MRFG3) saltou 8,75% com números sólidos; além disso, a expectativa de combinação de negócios voltou ao debate e sustentou o humor. IRB Brasil (IRBR3) ainda somou 1,34% com lucro acima do esperado.

Por outro lado, as âncoras do índice pesaram. Vale (VALE3) caiu 0,19% com minério mais fraco na China, e Petrobras (PETR4) cedeu 0,03% em dia de petróleo pressionado; assim, o fôlego do índice ficou contido.

No varejo, Lojas Renner (LREN3) virou para alta de 0,69% na máxima do dia, Assaí (ASAI3) recuou 0,10% e Natura (NATU3) ganhou 1,56%; além disso, Cosan (CSAN3) subiu 1,48% e Raízen (RAIZ4) caiu 0,95% após comentários de gestão sobre eventual novo sócio.

Próximos gatilhos e o que observar

A próxima semana começa com o IBC-Br, que funciona como prévia do PIB; portanto, surpresas podem mexer na leitura de crescimento e de juros. Além disso, o calendário americano traz indicadores de atividade que calibram o discurso do Fed.

Enquanto isso, a temporada de balanços entra nas últimas leituras setoriais, e a atenção recai sobre margens, geração de caixa e guidance; assim, o mercado ajusta projeções.

Por fim, o fluxo estrangeiro e o comportamento das commodities seguem decisivos, porque a sensibilidade do índice a Vale e Petrobras permanece elevada.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.