Pregão histórico

Fechamento: Dólar rompe barreira e cai abaixo de R$ 5,30 após 15 meses; Ibovespa opera em leve alta

Bolsa brasileira fecha acima de 144 mil pontos pela 1ª vez, puxada por otimismo com juros nos EUA e manutenção da Selic em 15%..

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Fechamento: Dólar rompe barreira e cai abaixo de R$ 5,30 após 15 meses; Ibovespa opera em leve alta
  • Dólar cai para R$ 5,29, menor nível em 15 meses, na quinta queda seguida.
  • Ibovespa fecha acima de 144 mil pontos pela 1ª vez e renova recordes.
  • Investidores aguardam corte de juros nos EUA e decisão do Copom sobre a Selic.

O mercado financeiro brasileiro viveu mais um pregão histórico. Nesta terça-feira (16), o dólar fechou em R$ 5,2981, no menor valor desde junho do ano passado, marcando a quinta queda consecutiva. Ao mesmo tempo, o Ibovespa encerrou o dia em 144.061 pontos, seu maior fechamento da história.

A performance foi impulsionada pelo otimismo em torno da reunião do Federal Reserve (Fed), que deve iniciar o ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos, e pela expectativa de que o Copom mantenha a Selic em 15%. A combinação reforça a atratividade do Brasil para investidores estrangeiros.

Ibovespa renova máximas históricas

O índice brasileiro engatou o segundo pregão consecutivo de recordes, em sessão com giro de R$ 21 bilhões. A nova máxima intradia chegou a 144.584 pontos, confirmando o fôlego da Bolsa em setembro.

Petrobras teve desempenho misto: as ações PN subiram 0,25%, cotadas a R$ 31,53, enquanto as ON recuaram 0,18%, para R$ 34,18. Já a Vale acompanhou a alta do minério de ferro e avançou 0,35%, para R$ 57,70.

Apesar da alta do petróleo no mercado internacional, a cautela em relação ao setor limitou movimentos mais expressivos. O foco dos investidores esteve mesmo na expectativa por decisões de política monetária.

Dólar cai e atrai atenção dos estrangeiros

A queda do dólar para R$ 5,2981 reforçou o movimento de valorização do real, que ganha tração com o diferencial de juros. Este é o menor patamar em 15 meses, resultado direto do fluxo de capital estrangeiro em busca de rendimento.

Segundo analistas, a continuidade da tendência dependerá do tom do comunicado do Fed. Se a autoridade monetária sinalizar cortes adicionais, o real pode se valorizar ainda mais.

O câmbio também encontra suporte na expectativa de manutenção da Selic em 15% no Brasil, o que sustenta o carry trade e mantém o país atraente para investidores.

Wall Street entra em correção

Enquanto o Brasil celebra recordes, as bolsas de Nova York encerraram o dia em baixa após sucessivas máximas recentes. O Dow Jones caiu 0,27%, fechando em 45.758 pontos.

Ademais, o S&P 500 recuou 0,13%, para 6.606 pontos, e a Nasdaq teve queda de 0,07%, encerrando em 22.333 pontos. O movimento refletiu ajustes de carteiras antes da decisão do Fed.

Por fim, os rendimentos dos Treasuries também cederam, reforçando a percepção de que a política monetária americana deve se tornar mais flexível.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.