Dólar em queda

Fechamento: Ibovespa desaba após recorde histórico e bancos viram vilões do dia

ndice recua após recorde histórico, com giro fraco e pressão vinda do setor bancário, enquanto Nova York opera em clima de cautela.

Apoio

Fechamento: Ibovespa desaba após recorde histórico e bancos viram vilões do dia
  • Ibovespa caiu 0,61%, aos 142.271 pontos, após recorde histórico
  • Setor bancário puxou a realização de lucros; Banco do Brasil foi exceção
  • Dólar recuou 0,71%, a R$ 5,35, com menor pressão de sanções externas

O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (12) em queda de 0,61%, aos 142.271,58 pontos, depois de renovar recorde no fechamento do dia anterior. O movimento foi marcado por realização de lucros, especialmente no setor bancário, e por um giro financeiro fraco, de apenas R$ 16,3 bilhões.

A semana terminou com leve recuo acumulado de 0,26%, em meio à repercussão da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF a 27 anos de prisão, decisão que elevou as preocupações com potenciais retaliações dos Estados Unidos.

Pressão política e externa

A fala do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, de que os EUA responderiam “de forma adequada” aumentou a tensão no mercado. O Itamaraty reagiu dizendo que a democracia brasileira não se intimidará com ameaças externas, mas os investidores seguem atentos ao desfecho diplomático.

Apesar do ruído político, Petrobras e Vale tiveram desempenho misto. A petroleira recuou mesmo com o petróleo no exterior mostrando sinais de força, enquanto a mineradora fechou praticamente estável, a R$ 57,00.

No câmbio, o dólar à vista caiu 0,71%, a R$ 5,3541, em movimento de alívio, refletindo a ausência de novas sanções americanas até o momento. Na semana, a moeda acumulou queda de 1,08%.

Bancos pesam sobre o índice

O destaque negativo ficou com o setor bancário, que concentrou as realizações de lucros. Banco do Brasil (BBAS3) foi a única instituição a avançar, enquanto Itaú, Bradesco e Santander recuaram em bloco.

Esse ajuste ocorre após semanas de valorização expressiva dos papéis financeiros, beneficiados pela expectativa de queda da Selic e pela expansão de crédito. O recuo foi visto como uma pausa técnica diante do rali acumulado.

No entanto, analistas alertam que o desempenho dos bancos segue atrelado ao cenário de inadimplência do agro e ao ambiente político, fatores que podem trazer volatilidade extra para os próximos pregões.

Nova York e Fed no radar

Nos Estados Unidos, as bolsas tiveram sessão volátil após renovarem recordes. Dow Jones caiu 0,59%, S&P500 recuou 0,05% e Nasdaq subiu 0,44%, refletindo ajustes pontuais.

Na semana, os índices americanos ainda fecharam no positivo, com ganhos de até 2,03% no caso da Nasdaq. O foco dos investidores agora se volta para a reunião do Federal Reserve na próxima semana, onde se espera início de um ciclo de cortes de juros.

Além disso, os retornos dos Treasuries avançaram, reforçando a cautela no mercado global, enquanto EUA pressionam o G7 por sanções mais duras contra o petróleo russo.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.