Bolsa em baixa

Fechamento: Ibovespa cai em pregão morno e Petrobras puxa perdas; bancos também recuam

Índices americanos fecharam mistos, e mercado local teve dia de ajustes leves e baixa liquidez.

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Fechamento: Ibovespa cai em pregão morno e Petrobras puxa perdas; bancos também recuam
  • Ibovespa recuou 0,29%, com baixa de Petrobras e bancos.
  • Cenário global morno, sem indicadores fortes ou estímulos novos.
  • Investidores aguardam balanços do 3º trimestre e seguem em modo cautela.

O Ibovespa encerrou esta terça-feira (21) em queda de 0,29%, aos 144.085 pontos, em um pregão marcado por pouca volatilidade e volume reduzido. A ausência de dados econômicos relevantes e o comportamento misto das bolsas americanas deixaram os investidores em modo de espera.

O dólar comercial interrompeu quatro dias de baixa e subiu 0,36%, cotado a R$ 5,39, enquanto os juros futuros (DIs) mantiveram a tendência de queda ao longo da curva.

Cenário internacional: Trump recua e mercados perdem força

Nos Estados Unidos, os principais índices fecharam sem direção única, refletindo balanços mistos e o discurso errático de Donald Trump, que voltou atrás sobre encontros com Vladimir Putin e Xi Jinping.

Empresas como Coca-Cola e General Motors divulgaram resultados acima das expectativas, mas a reação dos mercados foi contida. Ademais, na Europa, as bolsas também operaram próximas à estabilidade, sustentadas por balanços corporativos e menor percepção de risco de crédito.

Em paralelo, o ouro teve a maior queda em 12 anos, após uma sequência de recordes históricos, mostrando que a busca por proteção perdeu força.

Cenário doméstico: Haddad tenta manter otimismo fiscal

No Brasil, o dia foi de poucas novidades. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou o envio de dois projetos de lei que substituem a MP 1303, que tratava da tributação de aplicações financeiras, apostas online e cortes de despesas.

Sendo assim, Haddad reiterou o compromisso com a meta fiscal e afirmou que o governo terá superávit primário em 2026. Mesmo com o tom otimista, a agenda fraca e o baixo apetite por risco deixaram o mercado sem impulso.

Portanto, a falta de indicadores econômicos e a proximidade da temporada de balanços locais também contribuíram para o marasmo do pregão.

Ações em destaque: Petrobras e bancos pesam

As ações da Petrobras (PETR4) caíram 0,81%, acompanhando o recuo do petróleo no mercado internacional. A estatal também informou que pagará R$ 1,54 bilhão à PPSA, referente ao acordo de equalização de gastos e volumes do campo de Jubarte.

Seguindo, a Vale (VALE3) oscilou entre leves altas e baixas e fechou em queda de 0,16%, com investidores aguardando a prévia operacional do 3º trimestre, que será divulgada nesta terça-feira à noite.

Entre os bancos, o movimento foi negativo: Bradesco (BBDC4) recuou 1,33%, Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,11%, Itaú (ITUB4) cedeu 0,94%, e Santander (SANB11) perdeu 0,48%, pressionando o índice.

Embraer (EMBR3) destoou e subiu 5,12%, após anunciar recorde na carteira de pedidos e novo memorando de negócios com a Coreia do Sul. A Vamos (VAMO3) também se destacou, com alta de 6,9% após prévia trimestral mostrar crescimento de 25% na receita.

Expectativas para o próximo pregão

Para esta quarta-feira (22), o mercado não deve mudar muito de ritmo. A agenda segue fraca, sem indicadores capazes de alterar o humor dos investidores.

Ademais, analistas esperam volatilidade pontual em papéis ligados a commodities e empresas que publicarem balanços.

Por fim, no curto prazo, o Ibovespa deve continuar testando a faixa dos 144 mil pontos, enquanto o dólar tende a se estabilizar próximo a R$ 5,40.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.