
- Ibovespa caiu 1,08%, aos 143.949 pontos, pressionado pelo risco fiscal
- Petrobras recuou com petróleo em queda, enquanto Vale sustentou leve alta
- Wall Street avançou e renovou recordes, apesar do shutdown nos EUA
O Ibovespa recuou 1,08% nesta quarta-feira (2), fechando em 143.949 pontos, em meio a temores crescentes sobre a política fiscal. O volume financeiro foi de R$ 19,4 bilhões, em um pregão de forte correção.
O movimento ocorreu no “day after” da aprovação da isenção do IR para salários até R$ 5 mil mensais. Além disso, rumores sobre um possível subsídio às tarifas de ônibus ampliaram a cautela dos investidores. Fontes próximas ao governo afirmam, contudo, que a medida não está em discussão imediata.
Petrobras pressiona, Vale resiste
Entre as blue chips, a Petrobras voltou a cair com a baixa do petróleo. As ações ON recuaram 1,24% (R$ 33,32) e as PN perderam 0,96% (R$ 31,08). O barril do Brent caiu mais 1%, refletindo dúvidas sobre a oferta da Opep+.
A Vale destoou e avançou 0,67% (R$ 58,70), mesmo sem referência clara dos preços do minério na China, devido ao feriado da Semana Dourada. O desempenho ajudou a limitar perdas maiores do índice.
Os bancos tiveram comportamento misto, sem força suficiente para sustentar o Ibovespa. Já o dólar à vista fechou em leve alta de 0,20%, cotado a R$ 5,3395, diante do aumento da busca por proteção no câmbio.
Wall Street em direção oposta
Nos Estados Unidos, os índices de Nova York seguiram o caminho oposto e renovaram recordes. A agenda econômica, esvaziada pelo shutdown do governo americano, reduziu a pressão por dados e abriu espaço para novas compras.
O Dow Jones avançou 0,17%, alcançando 46.519 pontos. O S&P500 subiu 0,06%, para 6.715 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 0,39%, atingindo 22.844 pontos. O movimento reforça a expectativa de que o Federal Reserve possa cortar juros ainda neste ano.
Nos Treasuries, os rendimentos oscilaram sem direção definida, pois investidores aguardam sinais mais claros sobre a política fiscal em Washington.