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Fechamento: Ibovespa encosta no recorde e Banco do Brasil rouba a cena; CPI dos EUA é o próximo gatilho

Investidores se animam com deflação no produtor americano, mas preferem esperar dados do consumidor antes de soltar a euforia.

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Fechamento: Ibovespa encosta no recorde e Banco do Brasil rouba a cena; CPI dos EUA é o próximo gatilho
  • Ibovespa fechou em 142.348 pontos, perto do recorde histórico
  • Deflação do PPI nos EUA reforçou apostas em corte do Fed já na próxima semana
  • Banco do Brasil (BBAS3) foi o grande destaque, com alta de 3,04%

Depois de duas quedas seguidas, o Ibovespa voltou a subir nesta quarta (10) e fechou com alta de 0,52%, aos 142.348 pontos. O índice ficou a apenas 292 pontos do recorde histórico atingido no início de setembro, em meio a um pregão de bom humor guiado pelo exterior.

O real também se fortaleceu, com o dólar caindo 0,53%, a R$ 5,40. Juros futuros (DIs) oscilaram em terreno misto, refletindo cautela com o cenário local. O grande foco dos investidores, no entanto, está no próximo dado de inflação nos EUA.

Deflação nos EUA reforça apostas em corte do Fed

O ânimo no mercado global foi turbinado pelo PPI, índice de preços ao produtor dos EUA, que mostrou deflação inesperada. O dado reforçou a expectativa de que o Federal Reserve corte juros já na próxima semana.

A estrategista Paula Zogbi, da Nomad, afirmou que as apostas agora incluem até cortes de 0,5 ponto, embora o consenso siga em 0,25. Segundo ela, o resultado abriu espaço para renovação de recordes na B3.

Mesmo assim, Wall Street fechou sem direção única. O mercado preferiu esperar o CPI, que sai nesta quinta (11), antes de embarcar de vez na euforia.

Brasil: IPCA decepciona e mantém Selic estável

Por aqui, o IPCA de agosto mostrou deflação de 0,11%, mas o número veio acima da projeção de -0,15% do mercado. Analistas destacaram ainda a alta no índice de difusão, sinal de que mais itens voltaram a subir de preço.

Para Sara Paixão, da InvestSmart XP, o dado reforça que o Copom deve segurar a Selic em 15% na reunião da próxima semana. O corte de juros no Brasil segue projetado apenas para 2026.

Ou seja: o grande alívio para os mercados locais virá do Fed, não do BC brasileiro.

Ações em destaque no pregão

Entre as blue chips, a Vale (VALE3) avançou 0,69% após reduzir sua previsão de capex, enquanto a Petrobras (PETR4) subiu 1,81% com a mesma estratégia de corte de investimentos.

O grande destaque, no entanto, foi o Banco do Brasil (BBAS3), que disparou 3,04% e liderou o volume negociado do dia. Bradesco (BBDC4), por sua vez, caiu 0,71%.

No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) saltou 3,70%, retomando a faixa dos R$ 9, enquanto Lojas Renner subiu 2,37%.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.