Nova queda

Fechamento: Ibovespa engata terceira queda seguida, mas Vale vira exceção no caos

Índice fecha em baixa com pressão de bancos e Petrobras; minério sustenta ações da Vale.

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Fechamento: Ibovespa engata terceira queda seguida, mas Vale vira exceção no caos
  • Ibovespa caiu pelo terceiro dia seguido e fecha abaixo de 140 mil pontos
  • Petrobras e bancos puxaram o índice para baixo
  • A Vale foi exceção positiva, com alta sustentada pelo minério

O Ibovespa encerrou a quarta-feira (3) em queda de 0,34%, aos 139.863 pontos, marcando o terceiro recuo consecutivo no mês de setembro. A sessão foi dominada por incertezas políticas e econômicas, que pesaram mais do que o alívio no câmbio e nos juros futuros.

O dólar comercial caiu 0,40%, a R$ 5,45, enquanto os DIs recuaram ao longo da curva. Ainda assim, o ambiente externo e interno manteve o mercado acionário pressionado.

Política em ebulição

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF seguiu como pano de fundo político. A defesa tenta atrasar o processo, enquanto aliados como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, articulam em Brasília a narrativa da anistia. Para analistas, esse ruído aumenta a percepção de instabilidade institucional.

No Congresso, outro ponto de tensão veio com a articulação de parlamentares para dar ao Legislativo o poder de demitir diretores do Banco Central.

A proposta preocupa o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela ameaça à autonomia da autoridade monetária.

Economia brasileira

Na agenda local, a produção industrial de julho caiu 0,2%, no quarto mês consecutivo de retração.

O mercado já esperava o resultado, mas ele reforça o cenário de desaceleração gradual da economia brasileira.

Economistas avaliam que, apesar da fraqueza, o movimento ainda não configura recessão. Portanto, a visão predominante é de crescimento mais moderado em 2025, pressionado pelos juros elevados e pela economia global mais fraca.

Wall Street e Europa

Nos mercados externos, os índices americanos fecharam mistos. A Nasdaq subiu, impulsionada pela decisão judicial mais branda contra a Alphabet (GOOGL), dona do Google, enquanto Dow Jones e S&P500 recuaram.

Na Europa, as bolsas também caíram, mesmo após avanços no acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.

As dúvidas em torno das tarifas impostas pelo governo Trump continuam a ditar o humor dos investidores.

Vale se salva, Petrobras e bancos caem

Entre as ações, Vale (VALE3) conseguiu escapar da maré negativa e subiu 0,38%, apoiada pela alta do minério de ferro na China.

Petrobras (PETR4) caiu 0,86%, acompanhando o recuo do petróleo internacional.

Os bancos recuaram em bloco: Itaú (ITUB4) perdeu 0,87%, Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,69% em meio a questionamentos ligados à Lei Magnitsky, enquanto Ambev (ABEV3) despencou 2,14% com queda na produção de cerveja.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.