
- Ibovespa bate recordes e fecha em 143.546 pontos, máxima histórica.
- Super Quarta deve definir rumo do mercado, com decisões do Copom e do Fed.
- Vale, Petrobras, Eletrobras e Magazine Luiza puxaram os ganhos; dólar caiu para R$ 5,32.
O Ibovespa voltou a fazer história nesta segunda-feira (15), em um pregão marcado por emoção e expectativa. O índice subiu 0,90%, aos 143.546,58 pontos, superando o recorde anterior de 11 de setembro (143.150,84 pontos). Na máxima do dia, chegou a 144.193,58 pontos, o maior nível de todos os tempos.
Nesse sentido, apesar da festa, o mercado já olha para a chamada Super Quarta (17), quando o Copom decide sobre a Selic e o Fed define os juros nos EUA. O clima é de cautela, mas a Bolsa segue embalada por fortes resultados em ações de peso.
Super Quarta impõe cautela
O volume de negócios foi baixo, pouco acima de R$ 1 milhão, reflexo da expectativa com os bancos centrais. A leitura é de que ninguém quer arriscar posições grandes antes das decisões do Fed e do Copom.
No Brasil, o mercado aposta em manutenção da Selic em 15%. Mas o IBC-Br mais fraco reacendeu a possibilidade de cortes no fim de 2025. Ademais, segundo o Boletim Focus, a inflação projetada voltou a cair, reforçando o debate sobre flexibilização monetária.
Desse modo, nos EUA, a expectativa é de corte de 0,25 pp nos juros. Investidores, no entanto, aguardam as projeções econômicas do Fed para PIB, inflação e desemprego.
Dólar despenca e ações ganham força
O dólar comercial caiu 0,61%, a R$ 5,321, menor valor desde junho de 2024. Os juros futuros também recuaram ao longo de toda a curva.
Além disso, entre as ações, o destaque foi para Vale (VALE3), que subiu 0,88%, e Petrobras (PETR4), com alta de 0,87%, em linha com o petróleo internacional. Eletrobras (ELET3) disparou 3,02%, reforçando sua posição como preferida dos analistas no setor.
Por fim, no varejo, Magazine Luiza (MGLU3) roubou a cena com alta de 7,41%, superando os R$ 10. Lojas Renner (LREN3) avançou 2,33% e Natura (NATU3) ganhou 2,17% após vender mais um ativo.
Pressões externas e próximos capítulos
Apesar da alta, críticas do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, voltaram a trazer risco geopolítico ao mercado brasileiro.
Ademais, ele sinalizou que Washington pode adotar novas medidas contra o país após a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF.
Ainda assim, o mercado aposta que a quarta-feira (17) será o ponto de virada, com anúncios decisivos do Fed e do Copom.
Até lá, investidores seguem atentos a dados de desemprego no Brasil e varejo e indústria nos EUA, que saem nesta terça-feira (16).