Forte alta

Fechamento: Ibovespa faz história e dispara acima dos 142 mil pontos

Recordes em Wall Street e otimismo no Brasil impulsionam os ganhos.

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Fechamento: Ibovespa faz história e dispara acima dos 142 mil pontos
  • O Ibovespa superou os 142 mil pontos pela primeira vez, puxado por bancos, Petrobras e varejo
  • Wall Street também bateu recordes, mas com reação mais contida após balanço da Nvidia
  • Expectativas políticas e indicadores econômicos reforçaram a confiança dos investidores no mercado brasileiro

O Ibovespa encerrou esta quinta-feira (28) em forte alta de 1,32%, aos 141.049,20 pontos, acumulando 1.843,39 pontos de valorização. Durante a sessão, o índice rompeu pela primeira vez na história a marca dos 142 mil pontos, ao alcançar 142.138,27 pontos, superando o recorde anterior registrado em julho.

O movimento coincidiu com a queda do dólar, que recuou 0,19% e fechou a R$ 5,40, enquanto os juros futuros mantiveram baixa em toda a curva. O desempenho chamou atenção pela força própria do mercado doméstico, que operou em ritmo mais acelerado que Wall Street.

Recorde em dia simbólico

A alta do índice coincidiu com a divulgação de outro recorde no Brasil: a população chegou a 213,4 milhões de pessoas, segundo o IBGE. A coincidência serviu de pano de fundo para analistas destacarem a confiança crescente no mercado acionário brasileiro.

No Ibovespa, apenas cinco papéis recuaram, com destaque para GPA (PCAR3) e Vivo (VIVT3), enquanto Magazine Luiza (MGLU3) disparou mais de 9% e Vamos (VAMO3) subiu quase 8%. Grandes bancos também lideraram os ganhos, puxando o índice para cima, junto com Petrobras (PETR4), que avançou 0,88%.

O movimento consolidou o sentimento de que a Bolsa brasileira atravessa um ciclo de confiança renovada, ainda que os desafios externos persistam.

Influência internacional

Nos Estados Unidos, os índices também fecharam no positivo. O S&P 500 ultrapassou 6,5 mil pontos pela primeira vez, mas a reação perdeu força após a divulgação do balanço da Nvidia, que apresentou números mistos.

Apesar das preocupações com a receita da divisão de data centers, analistas apontaram que as projeções para o quarto trimestre permanecem sólidas, especialmente se houver avanços nas negociações com a China.

Além disso, a segunda estimativa do PIB norte-americano no 2T25 mostrou crescimento acima do esperado, reforçando a resiliência da economia, mesmo sob juros elevados. Esse dado, no entanto, manteve as incertezas sobre o corte de taxas pelo Federal Reserve em setembro.

Política e perspectivas

No Brasil, o dia também foi marcado por novidades políticas. Pesquisa Atlas mostrou vantagem de Tarcísio de Freitas sobre o presidente Lula nas intenções de voto, fato que foi bem recebido pelo mercado financeiro.

O governo federal, por sua vez, buscou estreitar laços com o México em meio às barreiras comerciais impostas pelos EUA. O movimento pode abrir espaço para maior exportação de carne bovina, reduzindo a dependência da economia brasileira em relação ao mercado norte-americano.

Para investidores, a combinação de dados positivos, perspectivas de queda nos juros e avanços nas relações comerciais ajuda a manter o apetite por risco. Por fim, a expectativa agora recai sobre a divulgação do PCE nos EUA e a taxa de desemprego no Brasil, indicadores que devem guiar o humor dos mercados no fim da semana.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.