
- Ibovespa sobe 0,55%, puxado por Vale, WEG e Petrobras.
- Wall Street recua com tensões EUA–China e shutdown prolongado.
- Assaí e Ambev lideram quedas, enquanto bancos e commodities sustentam o índice.
O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (22) em alta de 0,55%, aos 144.872 pontos, contrariando o desempenho negativo das bolsas internacionais. O movimento foi sustentado por ganhos em ações de peso, como Vale (VALE3), WEG (WEGE3) e Petrobras (PETR4), em meio à temporada de balanços do 3º trimestre.
Os índices em Nova York recuaram. Novas incertezas na relação comercial entre Estados Unidos e China voltaram a abalar o humor global.
Exterior em queda e tensões geopolíticas
Nos Estados Unidos, a Reuters noticiou que a Casa Branca avalia restringir exportações de softwares para a China, aumentando as preocupações sobre a escalada tecnológica entre as duas potências.
A medida, proposta pelo presidente Donald Trump, pode entrar em vigor até 1º de novembro e amplia o risco de novas retaliações de Pequim.
Ao mesmo tempo, o país enfrenta a maior paralisação do governo federal da história, que já dura 22 dias sem perspectivas de solução.
Esse cenário reforça a cautela dos investidores e mantém os índices americanos em baixa.
O ouro, tradicional refúgio em tempos de incerteza, voltou a cair após bater recordes de valorização nos últimos dias.
Balanços impulsionam ganhos no Brasil
A WEG (WEGE3) abriu a temporada de resultados do 3T25 com lucro líquido de R$ 1,65 bilhão, alta anual de 4,5%, o que agradou analistas e puxou a ação para alta de 0,88%.
A Vale (VALE3) avançou 1,78%, impulsionada pelos dados fortes de produção e pela alta do minério na China, enquanto a Petrobras (PETR4) ganhou 1,15%, beneficiada pela valorização do petróleo internacional e pelo sucesso no leilão do pré-sal da ANP.
Os bancos também tiveram bom desempenho: Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 0,82%, e Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,73%, com apetite por risco voltando ao setor financeiro.
O dólar comercial terminou o dia em leve alta de 0,14%, cotado a R$ 5,39, enquanto os juros futuros (DIs) seguiram em queda ao longo da curva.
Ações em queda e destaques negativos
Na contramão, Ambev (ABEV3) caiu 1,23% após o balanço da Heineken indicar queda de volumes globais, o que trouxe receio para o setor.
Seguindo, Assaí (ASAI3) despencou 7,08%, após o JPMorgan rebaixar a recomendação da ação citando cenário mais desafiador em 2026.
Ademais, Fleury (FLRY3) recuou 2,69% após fracassar acordo com a Rede D’Or (RDOR3), que subiu 1,37%. CSN (CSNA3) também caiu 0,46%, pressionada por multa aplicada pelo Cade, e Eletrobras (ELET3) perdeu 1,49%, após anunciar sua mudança de nome para Axia Energia.
Por fim, fora do índice, Azul (AZUL4) recuou 2,56%, mesmo após recorde de 23,7 milhões de passageiros transportados até setembro.