Leve queda

Fechamento: Ibovespa perde força com bancos e Petrobras; Nova York vira e fecha em alta apesar de shutdown

Índice brasileiro recuou 0,49% nesta quarta-feira, pressionado por bancos e petróleo, enquanto Wall Street reagiu a dados fracos de emprego e renovou recordes.

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Fechamento: Ibovespa perde força com bancos e Petrobras; Nova York vira e fecha em alta apesar de shutdown
  • Ibovespa caiu 0,49%, aos 145.517 pontos, puxado por bancos e Petrobras.
  • Dólar subiu 0,11%, a R$ 5,3286, com cenário externo e político no radar.
  • Wall Street virou para alta, apoiada em dados fracos de emprego e expectativa de corte de juros pelo Fed.

O Ibovespa não conseguiu sustentar os ganhos do início do pregão e encerrou a quarta-feira (1º) em queda de 0,49%, aos 145.517 pontos, com volume financeiro de R$ 23,1 bilhões. O movimento refletiu principalmente a pressão dos bancos e da Petrobras, que pesaram sobre a carteira.

No cenário externo, os investidores acompanharam a tensão em torno do shutdown nos Estados Unidos, mas os índices em Nova York conseguiram se recuperar e fecharam no positivo, embalados por dados mais fracos do que o esperado no mercado de trabalho privado.

Bancos e Petrobras pressionam

As ações de instituições financeiras lideraram as perdas do dia, em meio às incertezas em torno da votação de uma emenda do projeto de lei do Imposto de Renda, que pode alterar a tributação do setor. A cautela dos investidores se traduziu em pressão sobre os papéis.

Na Petrobras, o movimento foi de queda alinhado ao recuo internacional do preço do petróleo. Os ativos PN recuaram 0,25%, cotados a R$ 31,38, enquanto as ações ON caíram 0,12%, a R$ 33,74.

Em contrapartida, a Vale conseguiu avançar 1,27%, a R$ 58,31, mesmo sem a referência da bolsa chinesa, fechada pelo feriado da Semana Dourada.

Dólar e cenário político

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,11%, cotado a R$ 5,3286. O câmbio refletiu preocupações com os efeitos da paralisação parcial do governo americano. Assim, a leitura mais fraca do relatório de empregos privados dos EUA limitou a queda.

Internamente, o mercado também acompanhou os desdobramentos da cena política brasileira, com foco nas votações no Congresso e nas negociações envolvendo pautas econômicas do governo.

Assim, o ambiente doméstico adicionou incertezas ao desempenho da Bolsa, ampliando a volatilidade ao longo do pregão.

Wall Street vira e renova recordes

Em Nova York, os índices abriram em queda, pressionados pelo risco do shutdown, que pode atrasar a divulgação de indicadores importantes como o payroll.

No entanto, a fraqueza dos números do ADP aumentou a expectativa de que o Federal Reserve corte juros ainda este mês, o que estimulou compras no mercado acionário.

Com isso, o Dow Jones avançou 0,09%, fechando em 46.441,10 pontos; o S&P500 ganhou 0,34%, aos 6.711,20 pontos; e o Nasdaq subiu 0,42%. Os dois primeiros renovaram recordes históricos de fechamento.

A combinação de alívio com juros e resiliência de setores de tecnologia garantiu a reversão das perdas iniciais e sustentou o tom positivo em Wall Street.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.