Bolsa em queda

Fechamento: Ibovespa perde força e Petrobras – dólar volta a subir

Bolsa fecha a semana no positivo, mas encerra sexta-feira em queda; ações da estatal lideram perdas.

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Fechamento: Ibovespa perde força e Petrobras – dólar volta a subir
  • Ibovespa recua 0,45% no dia, mas fecha a semana com alta de 2,62%.
  • PETR4 cai 5% após dividendo abaixo do esperado, enquanto Braskem sobe 7% com negociações da Unipar.
  • Dólar volta a subir e juros futuros ficam estáveis após fala de diretor do BC.

O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (8) em queda de 0,45%, aos 135.913 pontos, após oscilar entre ganhos e perdas ao longo do dia. Apesar do recuo, o índice acumulou alta de 2,62% na semana, sustentado por ganhos anteriores.

O movimento foi pressionado pela forte queda de 5% nas ações preferenciais da Petrobras (PETR4), mesmo após a estatal divulgar lucro robusto. A frustração com o valor anunciado de dividendos pesou no humor dos investidores, enquanto o dólar interrompeu a sequência de cinco baixas seguidas e voltou a subir frente ao real.

Petrobras frustra mercado e puxa queda do Ibovespa

O resultado trimestral da Petrobras trouxe números fortes, mas o dividendo abaixo da expectativa derrubou a confiança. Analistas destacam que o lucro líquido veio sólido, porém, o mercado já precificava um pagamento mais generoso aos acionistas. Isso levou PETR4 a cair 5%, respondendo por boa parte da pressão negativa sobre o índice.

Além da Petrobras, outras ações ligadas a commodities registraram volatilidade. Enquanto a Vale (VALE3) oscilou próxima da estabilidade, empresas do setor químico tiveram destaque positivo. A Braskem (BRKM5) avançou 7% após a Unipar confirmar negociações para a compra de ativos, movimento que reacendeu especulações sobre reestruturações no setor.

Apesar do impacto pontual, especialistas lembram que a temporada de balanços ainda reserva divulgações relevantes, o que pode alterar o panorama já na próxima semana. O foco segue nas empresas de grande peso no índice, que terão seus resultados publicados nos próximos dias.

Desempenho semanal e reação internacional

Mesmo com a queda no pregão desta sexta, o Ibovespa acumulou ganhos expressivos na semana. As altas de 0,40% na segunda, 0,14% na terça, 1,04% na quarta e 1,48% na quinta sustentaram o saldo positivo de 2,62% no período. No acumulado de agosto, a valorização chega a 2,14%, enquanto no ano o índice sobe 12,99%.

Nos Estados Unidos, o tom foi de otimismo. As bolsas de Nova York avançaram juntas, com destaque para o Nasdaq, que bateu novo recorde intradiário puxado pelas ações da Apple. O S&P 500 subiu 0,78%, enquanto o Dow Jones avançou 0,47%. O desempenho reflete a percepção de que o governo Trump poderá adotar medidas tarifárias menos agressivas que o inicialmente anunciado.

Essa visão mais moderada aliviou temores no mercado global, que vinha precificando riscos de uma guerra comercial mais intensa. Ainda assim, a situação segue incerta, e investidores permanecem atentos a novos anúncios da Casa Branca.

Câmbio e juros

O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,436 na venda. A moeda norte-americana quebrou a sequência de cinco baixas consecutivas frente ao real, enquanto no exterior perdeu força em relação às principais divisas globais, com o índice DXY recuando 0,14%. Na semana, o dólar acumulou baixa de 2% contra o real.

No mercado de juros futuros, as taxas encerraram praticamente estáveis. Investidores reagiram a declarações do diretor do Banco Central, que afirmou não ver perda de potência na política monetária atual. O discurso foi interpretado como sinal de manutenção do ritmo das decisões, em meio ao cenário de inflação sob controle e incertezas externas.

Entre os índices setoriais, o de Small Caps (SMLL) caiu 1,07% no dia, mas fechou a semana com alta de 1,19%. Já o índice de BDRs (BDRX) avançou 1,18% no pregão, acumulando alta semanal de 1,54%. O Ifix, referência dos fundos imobiliários, subiu 0,28% nesta sexta, embora tenha recuado 0,30% na semana.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.