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Fechamento: Ibovespa reage após três quedas e fecha no azul puxado por Embraer e Itaú

Bolsas em NY seguem em ritmo de recordes, enquanto investidores locais monitoram risco fiscal e agenda de indicadores.

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Fechamento: Ibovespa reage após três quedas e fecha no azul puxado por Embraer e Itaú
  • Ibovespa sobe 0,17% e encerra sequência de três quedas.
  • Embraer e Itaú puxam alta, enquanto Vale e Petrobras recuam.
  • Ambipar despenca 49% e acumula perda de 80% na semana.

O Ibovespa conseguiu interromper a sequência de três pregões negativos nesta sexta-feira (3) e fechou em leve alta, apesar da pressão de ações ligadas a commodities. O movimento trouxe algum alívio ao mercado, mas não mudou o saldo da semana, que ainda terminou no vermelho.

Enquanto isso, em Wall Street, os índices americanos mostraram direções distintas após semanas de ganhos expressivos. O otimismo com inteligência artificial e a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos seguem impulsionando os investidores.

Mercado local

O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,17%, alcançando 144.200,65 pontos, com giro de R$ 19,4 bilhões. Apesar da recuperação, o acumulado da semana registrou queda de 0,86%, a segunda seguida. Entre as blue chips, a Petrobras (PETR4) caiu 0,26%, enquanto a Vale (VALE3) recuou 0,19%.

Na contramão, o Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 0,74%, ajudando a sustentar o índice. Já o Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,83%, e o Bradesco (BBDC4) conseguiu leve alta de 0,06% no fechamento.

O dólar terminou estável, cotado a R$ 5,336, em queda de apenas 0,07%. Os juros futuros (DIs) encerraram o pregão de forma mista, refletindo cautela do mercado com a pauta fiscal.

Destaques corporativos

Entre os papéis mais comentados do dia, a Embraer (EMBR3) subiu 1,31% após divulgar dados de produção trimestrais. Analistas, no entanto, mantêm dúvidas sobre o cumprimento das metas anuais. A WEG (WEGE3) também se destacou, com alta de 0,75%, após anunciar expansão para o mercado europeu.

No lado negativo, o drama ficou por conta da Ambipar (AMBP3), que desabou mais 49,09% e acumula queda superior a 80% na semana. A crise de confiança se intensifica com questionamentos sobre seu caixa e disputas judiciais envolvendo credores.

O setor de varejo também sentiu pressão. A Magazine Luiza (MGLU3) oscilou, mas encerrou em baixa de 0,11%. O segmento de energia mostrou volatilidade, com a Brava Energia (BRAV3) recuando 0,17% mesmo após divulgar aumento de produção.

Cenário externo

Nos Estados Unidos, o Dow Jones avançou 0,17%, o S&P 500 subiu 0,06% e o Nasdaq ganhou 0,39%. O otimismo segue ligado ao avanço da inteligência artificial e às expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve.

O destaque negativo foi a ausência do payroll, relatório-chave do mercado de trabalho americano, suspenso por causa do shutdown do governo federal. Mesmo sem os números, dirigentes do Fed afirmaram que há informações suficientes para sustentar a análise da política monetária.

Além disso, o Bitcoin (BTC) voltou a se aproximar de sua máxima histórica, embalado pelo apetite global por ativos de risco e pela liquidez crescente.

Agenda da semana

No Brasil, o foco da próxima semana será a divulgação do IPCA de setembro, marcada para quinta-feira (9). No dia seguinte, sai o índice de inflação ao produtor.

O mercado local seguirá monitorando sinais do governo sobre o quadro fiscal.

Nos EUA, a atenção estará voltada para a ata da última reunião do Fed, que será publicada na quarta-feira (8).

Enquanto isso, os investidores seguem acompanhando o impasse político em Washington e seus efeitos sobre os dados econômicos.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.