
- Ibovespa bate recorde intradiário em 147.558 pontos, puxado por Vale e bancos.
- Mercado monitora encontro Trump-Lula e risco de shutdown nos EUA.
- Petrobras e Braskem caem, enquanto Eletrobras lidera ganhos do dia.
O Ibovespa renovou sua máxima histórica nesta segunda-feira (29), ao bater 147.558,22 pontos durante o pregão, embora tenha fechado em alta de 0,61%, aos 146.336,80 pontos. O movimento foi sustentado principalmente pela valorização da Vale e dos grandes bancos.
Enquanto isso, o dólar caiu 0,31%, a R$ 5,32, e os juros futuros avançaram. A sessão refletiu tanto o otimismo local quanto as incertezas globais, sobretudo com o risco de paralisação do governo dos Estados Unidos.
Otimismo com Trump e Lula
O mercado acompanha de perto a expectativa de uma reunião entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, ainda sem detalhes confirmados.
O JPMorgan avalia que a aproximação pode abrir caminho para flexibilização das tarifas americanas contra o Brasil, o que favoreceria exportadores locais.
Autoridades brasileiras demonstram confiança. O vice-presidente Geraldo Alckmin declarou estar otimista, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar uma “discussão racional” sobre o tarifaço.
O cenário interno, marcado por geração de empregos e inflação em queda, reforça o ambiente positivo.
Risco de shutdown nos EUA
Nos Estados Unidos, o foco está no risco de um shutdown do governo federal caso não haja acordo bipartidário para manter o financiamento público.
Se a paralisação se confirmar, pode até impedir a divulgação do payroll desta sexta-feira (3), deixando o Federal Reserve sem um dos principais indicadores de mercado de trabalho.
Esse impasse gera incerteza global e pode ampliar a volatilidade nos mercados emergentes, incluindo o Brasil, que já sente os efeitos da oscilação cambial e do fluxo de capitais internacionais.
Destaques da B3
No pregão paulista, a Vale (VALE3) avançou 0,33% e os grandes bancos garantiram sustentação ao índice. O Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 0,57% após recomendação de compra da XP, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) terminou com leve alta de 0,05%.
Entre os destaques, a Eletrobras (ELET3) disparou 3,93%, com analistas projetando dividendos consistentes. Já as siderúrgicas e frigoríficos também subiram, enquanto o varejo teve desempenho misto.
Em contrapartida, as ações da Petrobras (PETR4) recuaram 1,36%, acompanhando a queda de cerca de 3% no petróleo internacional. Já a Braskem (BRKM5) afundou 5,13% após rebaixamento de nota por agência de risco e rumores de recuperação judicial.