
- Ibovespa sobe 0,77%, impulsionado por Vale, bancos e otimismo internacional.
- Dólar cai a R$ 5,37, e juros futuros recuam com alívio global.
- Petrobras reduz gasolina e recebe licença para perfurar na Foz do Amazonas.
O Ibovespa encerrou a segunda-feira (20) com alta de 0,77%, aos 144.509 pontos, acumulando ganho de mais de mil pontos no dia. O avanço reflete o otimismo global com a temporada de balanços e o alívio nas tensões comerciais entre EUA e China.
O movimento foi acompanhado por uma nova queda do dólar comercial, que recuou 0,63%, cotado a R$ 5,37, enquanto os juros futuros (DIs) também recuaram em toda a curva. No exterior, o bom humor predominou: Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq encerraram com ganhos consistentes, impulsionando os ativos de risco em todo o mundo.
EUA e China aliviam tensões
O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, afirmou que o impasse sobre a paralisação do governo americano deve terminar ainda nesta semana, o que elevou o ânimo dos investidores.
Além disso, declarações do ex-presidente Donald Trump, que sinalizou expectativa de acordo com Xi Jinping e possibilidade de viagem à China no início de 2026, reforçaram a percepção de estabilidade. As tarifas comerciais, antes temidas, agora parecem menos impactantes diante de ajustes em cadeias globais e acordos bilaterais recentes.
Esse contexto alimentou uma onda de compras em Wall Street, com bolsas europeias seguindo no mesmo embalo. O ouro, considerado ativo de proteção, também subiu mais de 3%, refletindo busca por equilíbrio entre risco e segurança.
Vale e bancos dominam o pregão
No Brasil, o dia foi de euforia para as ações da Vale (VALE3), que subiram 1,28%, sustentadas pela valorização do minério de ferro e otimismo com a demanda chinesa. O movimento da mineradora foi decisivo para o desempenho positivo do índice.
O setor bancário também colaborou: Bradesco (BBDC4) avançou 1,87%, Itaú (ITUB4) ganhou 1,79% e Santander (SANB11) subiu 2,48%. Apenas o Banco do Brasil (BBAS3) destoou, com queda de 0,62%.
Entre as empresas de varejo, Lojas Renner (LREN3) teve leve alta de 0,42%, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) recuou 0,71%. O setor ainda opera com volatilidade, à espera de dados de consumo e inflação.
Petrobras e Fleury em foco
A Petrobras (PETR4) encerrou o dia praticamente estável, com alta de 0,07%, após anunciar redução de 4,9% no preço da gasolina nas refinarias. A decisão foi vista como tímida por analistas, mas reflete tentativa de alinhar os preços internos às cotações internacionais.
Ademais, a estatal também recebeu autorização do Ibama para perfurar na Foz do Amazonas, decisão que gerou protestos de ambientalistas em meio à proximidade da COP30.
Já as ações do Fleury (FLRY3) caíram 4,30% após rumores de que o grupo e a Rede D’Or (RDOR3) teriam desistido de uma fusão, informação negada pelo Fleury. Por fim, a Rede D’Or subiu 0,69%.