Investimento Imobiliário

FIIs voltam ao radar com potencial de até 27% de valorização

Em meio a selic elevada e tensões comerciais, setor premium de shopping centers se consolida como porto seguro para investidores

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Ranking melhores FIIs de Fevereiro de 2020
Ranking melhores FIIs de Fevereiro de 2020

Com a taxa Selic ainda em patamar elevado e um cenário internacional marcado por tensões comerciais e incertezas, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) voltados a shopping centers ganham novo protagonismo no radar dos investidores. Segundo a XP Investimentos, o setor de shoppings premium é destaque na carteira recomendada de abril, com estimativas de valorização de até 27% para determinados fundos, como o XPML11, HSML11 e VISC11.

Para Daniel Abrahão, economista e assessor da iHUB Investimentos, o otimismo com os FIIs de shoppings não é infundado.

“O otimismo se apoia na resiliência dos shoppings voltados ao público de alta renda, que têm se mostrado capazes de manter receitas estáveis mesmo em períodos de desaceleração econômica. Essa característica garante previsibilidade no fluxo de caixa e torna o segmento um importante componente defensivo da carteira”, explica.

XPML11 lidera recomendações

Com participações em shoppings dominantes e estrategicamente localizados em grandes cidades, o XPML11 tem se destacado pela capacidade de entregar performance consistente mesmo diante dos fatores externos.

“O fundo alia uma gestão com visão de longo prazo à precisão tática na alocação de capital, o que faz dele um dos veículos mais atrativos do setor”, diz Abrahão.

Além do XPML11, o HSML11 se destaca pela flexibilidade estratégica e o VISC11 pela previsibilidade dos dividendos, o que, segundo o economista da iHUB, oferece uma combinação interessante de exposição equilibrada e perfil defensivo em um cenário macro desafiador.

“Nem todo shopping center é igual — e no universo dos FIIs, a gestão e o histórico de entrega fazem toda a diferença. O VISC11 entrega maior previsibilidade e menor volatilidade, enquanto o HSML11 aposta numa abordagem mais tática, com boa performance no curto e médio prazo”, analisa Abrahão.

Mas ele também alerta: “Por trás das vitrines dos shoppings, há riscos que podem comprometer a vitrine de rendimentos. É fundamental que o investidor analise com cuidado a composição do portfólio com um especialista de sua confiança”, completa. 

Logística, papel e lajes também merecem atenção

Enquanto os FIIs de shoppings brilham no varejo, outros segmentos seguem entregando resultados sólidos. Os fundos de logística continuam em alta, sustentados pela demanda consistente do e-commerce e por taxas de ocupação recordes em galpões localizados em um raio de até 60 km da capital paulista — caso de BTLG11 e BRCO11. 

Já os FIIs de papel (lastreados em CRIs), como RBRR11 e MCCI11, seguem atrativos por conta do deságio sobre o valor patrimonial e da distribuição de rendimentos superiores a 13% ao ano, blindados pela Selic ainda elevada. As lajes corporativas premium também oferecem oportunidades pontuais, especialmente em fundos com ativos em regiões nobres e baixa vacância, que tendem a se valorizar com a retomada gradual da ocupação.

Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.