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Fintech surpreende mercado e pode disparar 21% após nova recomendação de compra

Em relatório, a Ativa destacou visão positiva para a empresa após os últimos resultados trimestrais.

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  • Nubank recebeu recomendação de compra da Ativa, com preço-alvo de R$ 17 e potencial de valorização de 21%
  • Banco digital reportou lucro líquido de US$ 637 milhões no 2T25, com crescimento de 42% e ROE de 28%
  • Principais vetores de expansão incluem crédito consignado, seguros em parceria com a Chubb e operação no México

O Nubank (ROXO34) acaba de receber mais um endosso de peso. A Ativa Investimentos elevou a recomendação da ação para compra, com preço-alvo de R$ 17, o que representa um potencial de valorização de quase 21% frente ao fechamento de R$ 14,06 na quinta-feira (11).

Com essa decisão, o banco digital se junta a uma lista crescente de instituições que já recomendaram compra dos papéis, incluindo Bradesco BBI, Santander, Itaú BBA, Citi e BTG Pactual. O consenso no mercado reforça a leitura de que o Nubank combina forte expansão com rentabilidade robusta.

Resultados sólidos

No 2º trimestre de 2025, o Nubank registrou lucro líquido de US$ 637 milhões, alta de 42% em relação ao mesmo período de 2024, descontando os efeitos cambiais. O ROE (retorno sobre patrimônio líquido) ficou em 28%, nível considerado elevado para o setor.

As receitas da instituição cresceram 40% em um ano, atingindo o recorde de US$ 3,7 bilhões no trimestre. O banco também conquistou mais 4,1 milhões de clientes em três meses, chegando a 122,7 milhões de usuários ativos nos países em que atua.

A base de cartões de crédito cresceu 11% em 12 meses, alcançando 55 milhões de clientes ativos. A inadimplência, segundo a Ativa, segue abaixo da média da indústria.

Novas frentes de expansão

Na análise da corretora, há espaço adicional para o Nubank crescer em crédito consignado, segmento em que pratica preços competitivos e pode impulsionar receitas de forma relevante.

No mercado de seguros, a parceria com a Chubb amplia a oferta em vida e prestamista, embora a penetração ainda esteja em estágios iniciais. Ademais, a diversificação é vista como peça estratégica para sustentar margens.

Desse modo, o México desponta como um dos maiores potenciais de crescimento, com baixa bancarização e investimentos robustos do Nubank na operação local.

Mudança estratégica no México

O avanço no país também veio acompanhado de uma mudança de liderança. Armando Herrera assumiu como CEO do Nubank México em 2 de setembro, substituindo Ivan Canales.

Além disso, a transição está sendo conduzida pelo CFO global, Guilherme Lago, reforçando a prioridade dada à operação mexicana dentro da estratégia do banco digital.

Portanto, segundo a Ativa, o país pode se tornar um dos principais motores de receita do Nubank nos próximos anos, caso o crescimento da base de clientes seja sustentado.

Avaliação e riscos

Para a Ativa, os números atuais do Nubank abrem espaço para uma reprecificação positiva das ações, com perspectiva adicional em um cenário de queda da Selic em 2026.

No entanto, a expansão em produtos de maior risco para clientes de baixa renda pode aumentar a inadimplência em um cenário macroeconômico adverso.

Por fim, outro ponto de atenção é a forte dependência das receitas de cartões de crédito, segmento sujeito à concorrência de novos meios de pagamento, como o Pix.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.