Ifix surpreende

Fundos imobiliários disparam no semestre e gigantes da Bolsa revelam seus favoritos

Ifix tem melhor desempenho em seis anos; veja onde os institucionais estão apostando e o que esperar no 2º semestre.

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  • Ifix sobe 11,79% no semestre e pode avançar mais 8% até dezembro, segundo projeções.
  • Dividend yield dos FIIs supera o Tesouro IPCA+ e atrai grandes investidores.
  • KNIP11, CPSH11 e RBRL11 lideram aportes institucionais no 1º trimestre.

Os fundos imobiliários voltaram a surpreender positivamente em 2025. O Ifix, índice que reúne os principais FIIs da B3, subiu 11,79% no primeiro semestre, registrando seu melhor desempenho semestral em seis anos.

Esse avanço reforçou o apetite de investidores por ativos de renda passiva, especialmente em um cenário de juros elevados e incertezas econômicas. Diante disso, analistas veem espaço para valorizações adicionais até o fim do ano.

Dividendos seguem acima da renda fixa tradicional

O bom desempenho do setor não se resume à valorização das cotas. Os fundos imobiliários continuam oferecendo dividendos consistentes, com um yield médio de 12% ao ano, segundo a Ágora Investimentos.

Para comparação, o Tesouro IPCA+ 2035, considerado um título seguro de longo prazo, paga hoje cerca de 6,7% ao ano, já descontada a inflação. Portanto, a diferença de mais de 5 pontos percentuais amplia a atratividade dos FIIs.

No entanto, esse cenário exige mais critério. A analista Carolina Borges, da EQI Research, alerta que as melhores oportunidades estão menos evidentes e que muitos fundos deixaram de ser pechinchas. Segundo ela, agora o investidor precisa avaliar bem o portfólio e o histórico de gestão.

Mesmo com essa exigência maior, a expectativa segue positiva. A Monte Bravo projeta uma alta total de 19% no Ifix em 2025, enquanto a Ágora estima o índice em 3.800 pontos até dezembro, o que significaria um avanço de 9,3% no segundo semestre.

Risco externo exige cautela, mas FIIs mostram resiliência

Em julho, o Ifix passou por uma leve correção de 1,29%, reflexo da tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Ainda assim, o desempenho do índice superou o do Ibovespa, que caiu mais de 3% no mesmo período.

Essa diferença demonstra que os fundos imobiliários vêm apresentando maior estabilidade do que as ações em tempos de turbulência internacional. Como resultado, muitos investidores estão migrando para FIIs em busca de previsibilidade.

Adicionalmente, mesmo com os juros básicos em 15% e sem perspectiva de queda em 2025, os fundos têm se mostrado eficientes na remuneração dos cotistas. Isso acontece porque muitos ativos contam com contratos indexados à inflação ou ao CDI.

Além disso, os gestores estão cada vez mais atentos à diversificação dos portfólios. Esse movimento ajuda a reduzir a exposição ao risco de inadimplência e contribui para a consistência dos rendimentos.

KNIP11, CPSH11 e RBRL11 dominam a preferência dos institucionais

O interesse dos grandes investidores ficou claro nos dados do Clube FII. No primeiro trimestre de 2025, R$ 7,6 bilhões foram alocados por institucionais em 41 fundos da carteira do Ifix, confirmando a confiança na indústria.

O KNIP11, da Kinea, liderou o ranking com R$ 436,5 milhões em aportes. O fundo investe em CRIs atrelados à inflação, possui patrimônio líquido de R$ 7,38 bilhões e é destaque nas carteiras recomendadas do BTG, BB Investimentos e RB Investimentos.

Logo atrás, o Capitânia Shoppings (CPSH11) recebeu R$ 340,9 milhões, valor que representa 36% do seu PL. O fundo investe em 11 shopping centers, com forte presença no estado de São Paulo.

Na sequência, aparece o RBR Logística (RBRL11), com R$ 319,9 milhões aplicados. O fundo tem seis galpões logísticos 100% ocupados, contratos adimplentes e distribuiu R$ 0,75 por cota em julho, totalizando R$ 5 milhões em dividendos no mês.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.