Perdas concentradas

Gigantes tropeçam e puxam Ibovespa para o buraco

Apesar da reação positiva de frigoríficos, varejistas e Brava Energia, o Ibovespa recuou com força puxado por quedas em gigantes.

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Gigantes tropeçam e puxam Ibovespa para o buraco
  • Vale (−0,80%), Petrobras (−0,32%) e Banco do Brasil (−1,99%) puxaram o Ibovespa para o negativo
  • JBS subiu 2,62%, Magazine Luiza avançou 2,25% e Brava Energia liderou com +4,28%
  • CSN despencou 3,67%, e USIM5 terminou como a maior baixa do dia

O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (28) em queda, mesmo com o petróleo em alta no mercado internacional. O índice foi pressionado por perdas concentradas em pesos pesados como Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e o setor bancário, frustrando as esperanças de recuperação após o alívio parcial do dia anterior.

A mineradora Vale recuou pelo terceiro pregão consecutivo, desta vez com queda de 0,80%, refletindo a cautela dos investidores diante de um cenário ainda indefinido para os preços do minério de ferro e dúvidas sobre a estabilidade da demanda chinesa.

A Petrobras, por sua vez, caiu 0,32%, sem conseguir se beneficiar da valorização do petróleo no exterior, o que indicou desconfiança do mercado em relação à política de preços da estatal e à gestão atual.

Demais desempenhos

Os bancos tiveram um desempenho ainda mais fraco. Banco do Brasil (BBAS3) liderou as perdas do setor com queda de 1,99%, enquanto Bradesco (BBDC4), embora tenha subido 0,69%, não teve força suficiente para segurar o índice. A ação do Bradesco foi a mais negociada do dia, mas o movimento não conseguiu alterar a tendência de baixa.

Enquanto isso, os frigoríficos amenizaram parte das perdas do índice. JBS (JBSS3) registrou alta de 2,62%, refletindo otimismo com a exportação de proteína animal, impulsionada por demanda externa.

No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) surpreendeu com avanço de 2,25%, acompanhada por Assaí (ASAI3), que subiu 0,26%, em meio a expectativas positivas para o consumo no segundo semestre.

Outro destaque positivo foi Brava Energia (BRAV3), que disparou 4,28% após o anúncio do fim da cláusula de “poison pill”, mecanismo que dificultava mudanças no controle da companhia. A medida reacendeu o apetite de investidores pela ação, diante da possibilidade de aquisições ou novas estratégias corporativas.

Ainda assim, o tom do dia foi de correção. CSN (CSNA3) tombou 3,67%, pressionada por temores sobre seu balanço patrimonial e dúvidas sobre alocação de capital. A ação foi uma das que mais puxaram o Ibovespa para baixo, além de simbolizar a devolução dos ganhos do pregão anterior.

A maior alta do dia ficou com BRAV3, enquanto USIM5 terminou como a maior baixa. O desempenho de AZUL4, que poderia ter dado algum fôlego ao índice, foi tímido e irrelevante diante da força dos papéis que cederam.

O mercado ainda aguarda com cautela a divulgação de novos dados econômicos e os desdobramentos da política monetária. Contudo, o que deve continuar impactando o humor dos investidores nos próximos dias.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.