
- Gol (GOLL4) propõe fechamento de capital e saída da B3 com incorporação sob a GLA.
- Acionistas recebem 1:1 (ON) e 35:1 (PN) em ações da GLA; há opção de OPA.
- Prazo da B3 para sair de penny stock vai até 29/01/2026; listagem no exterior segue no radar.
A Gol (GOLL4) comunicou uma reorganização societária que pode resultar no fechamento de capital no Brasil. A companhia disse que busca sinergias operacionais e redução de custos com a nova estrutura.
As assembleias, AGE e Assembleia de Preferencialistas, estão marcadas para 4 de novembro. A proposta depende das aprovações internas e de terceiros, conforme fato relevante enviado à CVM.
Como será a operação
O plano prevê a incorporação da empresa operacional Gol Linhas Aéreas Inteligentes e da Gol Investment Brasil pela companhia fechada Gol Linhas Aéreas S.A. (GLA). Assim, a GLA concentrará ativos e passivos do grupo no país.
Segundo o documento, a mudança reorganiza as operações e simplifica a estrutura. Além disso, a medida alinha a governança da companhia ao controle da Abra, que elevou a participação para cerca de 80% após o Chapter 11 nos EUA.
Portanto, a Gol deixará o Nível 2 de governança da B3 ao final do processo. O cronograma indica conclusão até fevereiro de 2026, salvo exigências adicionais.
O que muda para o acionista
Cada acionista receberá 1 ação ordinária da GLA para cada ação ordinária que possui na companhia atual. Além disso, receberá 35 ações ordinárias da GLA para cada ação preferencial detida.
Os investidores poderão aceitar a OPA e sair do capital. Por outro lado, quem preferir poderá permanecer sócio da nova entidade privada sob a Abra.
No entanto, tudo ainda depende da aprovação nas assembleias e das autorizações de praxe. A companhia afirma que manterá o mercado informado.
Contexto: penny stock e listagem no exterior
A B3 deu à companhia prazo até 29 de janeiro de 2026 para sair da condição de penny stock. As ações seguem abaixo de R$ 1, o que exige medidas de adequação.
A Gol estuda alternativas. Enquanto isso, reforça que comunicará os próximos passos ao mercado.
A reestruturação também mantém aberta a possibilidade de listagem no exterior. Assim, o grupo busca financiamento mais eficiente e governança integrada sob a Abra Holding.