Horizontes maiores

Goldman Sachs surpreende e eleva meta do S&P 500 após corte do Fed

Banco projeta ganhos adicionais para o índice americano e reforça aposta em ciclo positivo de cortes de juros.

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  • Goldman projeta S&P 500 em 6.800 pontos em 3 meses, com metas de 7.000 em seis meses e 7.200 em 12 meses.
  • Histórico mostra retorno médio de 15% em 12 meses após cortes do Fed em cenários de crescimento.
  • Essa é a quarta revisão do banco em 2025, refletindo confiança maior no ciclo positivo das ações.

O Goldman Sachs elevou sua projeção de curto prazo para o S&P 500, após o corte de juros promovido pelo Federal Reserve. O estrategista-chefe David Kostin agora projeta que o índice chegue a 6.800 pontos nos próximos três meses, o que representa um avanço de 2% frente ao nível atual.

A nova projeção se soma a estimativas ainda mais otimistas para horizontes maiores. Segundo o banco, o S&P pode atingir 7.000 pontos em seis meses e 7.200 pontos em um ano, caso o cenário de crescimento econômico contínuo se mantenha nos Estados Unidos.

Histórico reforça otimismo

Kostin explicou que a revisão segue um padrão histórico de performance do mercado. Nos últimos 40 anos, o S&P 500 entregou um retorno médio de 15% em 12 meses após o início de cortes de juros pelo Fed, especialmente quando a economia mostrou resiliência.

Esse histórico positivo sustenta a confiança de que o ciclo atual poderá repetir a trajetória de valorização. Além disso, analistas apontam que a redução no custo do crédito pode manter o apetite por risco elevado.

Por outro lado, parte do mercado ainda observa com cautela, já que a trajetória futura da inflação pode limitar a intensidade dos cortes e reduzir o espaço para novas altas expressivas.

Revisões frequentes em 2025

O Goldman Sachs já havia ajustado sua meta para o S&P 500 em outras ocasiões neste ano. Com a decisão mais recente, esta se torna a quarta revisão feita por Kostin em 2025.

As mudanças refletem tanto o ritmo da economia americana quanto as condições globais, que seguem marcadas por incertezas em setores-chave. No entanto, a direção dos ajustes indica confiança crescente na força dos mercados de ações.

O otimismo do banco contrasta com projeções mais conservadoras de algumas casas, que enxergam riscos ainda elevados na política monetária e na geopolítica internacional.

Impacto para investidores

Para investidores, a nova meta reforça o potencial de ganhos no mercado de ações, mesmo em um cenário de transição monetária. O movimento também sugere que o Goldman aposta em continuidade da expansão dos lucros corporativos.

A sinalização fortalece o fluxo de recursos para a bolsa americana e mantém o S&P 500 como referência global de performance. Além disso, serve de contraponto a preocupações de curto prazo, como a volatilidade cambial e os efeitos da desaceleração da China.

No entanto, analistas alertam que investidores devem acompanhar de perto a evolução dos cortes de juros e os próximos dados de inflação. Esses fatores serão determinantes para confirmar ou não o cenário traçado pelo Goldman Sachs.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.