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'Grande acordo' de Trump, juros, balanços e tudo que mexe com os mercados nesta quinta-feira (8) - confira

Agenda do dia é marcada por indicadores relevantes nos EUA, expectativa por cortes de juros, alta da Selic e coletiva de Trump

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Foto/Reprodução: Donald Trump
Foto/Reprodução: Donald Trump

Entre o aguardado anúncio de Donald Trump sobre um novo acordo comercial, decisões de juros e uma bateria de balanços corporativos, os mercados enfrentam uma quinta-feira (8) cheia de fatores para digerir.

Confira o que influencia os mercados hoje:

Trump promete “GRANDE ACORDO” comercial

Nesta quinta-feira (8), o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, concede coletiva, às 11:00 (horário de Brasília), para anunciar o que chamou de “GRANDE ACORDO COMERCIAL COM REPRESENTANTES DE UM PAÍS GRANDE E ALTAMENTE RESPEITADO”.

Dentre os acordos a serem apresentados, está o com o Reino Unido informado na manhã desta quinta-feira pelo republicano em sua rede Truth Social.

“Este será um dia muito importante e emocionante para os Estados Unidos da América e o Reino Unido”, escreveu Trump.

A publicação encerrou com a promessa de novas negociações em breve. “Muitos outros acordos, que estão em estágio avançado, virão!”, declarou, em referência a tratativas em curso com outras nações.

Segundo o próprio governo americano, ainda há conversas ativas com Índia, Coreia do Sul e Japão.

BoE deve cortar juros em meio à incerteza tarifária

Coincidindo com o anúncio de Trump, o Banco da Inglaterra (BoE) decide nesta quinta-feira (8) sua taxa básica de juros (às 8h).

O consenso aponta para um corte de 25 pontos-base, para 4,25%. A princípio, essa decisão reflete a tentativa de estimular a economia britânica, que segue fraca, e acomodar as expectativas inflacionárias.

Selic sobe para 14,75% e Copom deixa porta aberta para novo aperto

No Brasil, a decisão do Comitê de Política de Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu elevar de 14,25% para Selic para 14,75% na última quarta-feira (7).

O anúncio veio acompanhado de um comunicado conservador. Apesar de não renovar o forward guidance, o BC destacou “elevada incerteza” no cenário — citando especialmente a política comercial dos EUA e a fiscal interna — e deixou em aberto a possibilidade de nova alta em junho.

A leitura predominante é de que o ciclo pode não ter terminado. Isso porque, o comunicado usou expressões como “cautela adicional” e necessidade de “política significativamente contracionista por período prolongado”.

Balanços corporativos: dia mais intenso da temporada

Nesta quinta-feira (8), a ação do Bradesco (BBDC4) deve liderar os holofotes após o banco surpreender positivamente: lucro líquido de R$ 5,864 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), superando as projeções.

Além disso, a temporada de resultados se intensifica. Antes da abertura, Ambev (ABEV3) divulga seu balanço. Após o fechamento, a maratona inclui Itaú (ITUB4), B3 (B3SA3), CSN (CSNA3), Assaí (ASAI3), Suzano (SUZB3), Magazine Luiza (MGLU3), Localiza (RENT3), Totvs (TOTVS3) e mais.

Agenda de indicadores e eventos

Brasil – A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), às 8:00.

Já do lado dos eventos, o ministro Fernando Haddad (PT-SP) se reúne às 17:00 com a agência de classificação de risco Moody’s para discutir a perspectiva da economia brasileira.

EUA – O volume de pedidos semanais de auxílio-desemprego (esperados em +230 mil) serão divulgados às 9:30.

Às 12:00, o destaque vai para as expectativas de inflação do consumidor medidas pelo Fed — que preocupam por já terem subido para 3,6% em março, maior nível desde outubro de 2023.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.