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Helbor (HBOR3) e Trisul (TRIS3): quem lucrou mais em vendas no 2T? BTG responde!

Ambas mostraram quedas nos números, mas uma se destacou mais que a outra

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setor da construcao civil e um dos maiores produtores de residuos1

As construtoras Helbor (HBOR3) e Trisul (TRIS3) divulgaram suas prévias operacionais e mostraram números tímidos — com queda nas vendas e lançamentos em relação ao ano anterior. Mas, quando o assunto é desempenho relativo, uma delas conseguiu sair um pouco melhor que a outra.

Confira a seguir os números e análise do BTG Pactual sobre os resultados

Os números

A Helbor reportou um VGV líquido de R$ 277 milhões, queda de 2,3% na comparação anual. No segmento de lançamentos totais, o recuo foi mais intenso: 20% frente ao 2T24 e expressivos 56% ante o 1T25. As vendas brutas também caíram: -12,2% no trimestre.

A Trisul, por sua vez, registrou vendas líquidas de R$ 292 milhões, uma baixa de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os cancelamentos subiram 61%, chegando a R$ 34 milhões. No trimestre, apenas um projeto foi lançado, com VGV de R$ 102 milhões, uma queda de 66%.

VSO, lançamentos e entregas: o que os números dizem?

A velocidade de vendas (VSO), que mede a eficiência comercial das empresas, ficou em 18% na Helbor, uma leve alta de 1 ponto percentual. Já a Trisul teve VSO de 14%, abaixo dos 15% do ano anterior.

Em lançamentos, a Helbor saiu na frente: mesmo com queda anual, lançou um projeto de R$ 212 milhões, enquanto a Trisul trouxe apenas R$ 102 milhões ao mercado.

Nas entregas, no entanto, a Trisul registrou apenas R$ 142 milhões, contra R$ 399 milhões entregues pela Helbor, o que deve ajudar no caixa da companhia.

O que dizem os analistas?

Para o BTG Pactual, os resultados foram “neutros” para ambas. A recomendação segue Neutra para Helbor — embora o valuation esteja descontado em 0,3x P/VP — e Compra para Trisul, por seu desempenho mais consistente nos últimos trimestres e valuation atrativo de 0,75x P/VP.

“Apesar de lançamentos fracos, a Trisul teve vendas em linha com nossas expectativas. A perspectiva macro ainda é desafiadora, mas o valuation é atrativo”, afirma o BTG.

Já sobre a Helbor:

“Os resultados vieram em linha com nossas estimativas, com vendas de estoque satisfatórias. Mas o cenário de financiamento mais caro e baixa acessibilidade pesa mais para o segmento da companhia.”

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.