
- Ibovespa cai 0,29%, pressionado por juros futuros e exterior negativo
- Petróleo avança diante de tensões geopolíticas e decisão da Opep+
- Dólar sobe e descola das moedas globais com foco fiscal e fluxo de fim de ano
O Ibovespa encerrou a primeira segunda-feira de dezembro em queda de 0,29%, aos 158.611 pontos, acompanhando o mau humor em Wall Street e refletindo ajustes naturais após o rali de novembro. O índice chegou a flertar com o terreno positivo, mas perdeu força ao longo da tarde, enquanto o volume financeiro somou R$ 22 bilhões.
A pressão veio principalmente da alta dos juros futuros e do movimento de cautela após declarações mais duras do presidente do BC, Gabriel Galípolo, que reforçou preocupação com o aquecimento do mercado de trabalho e seus efeitos sobre os cortes de juros. Segundo analistas, o mercado reagiu rapidamente ao tom mais firme da autoridade monetária, com reflexos no dólar e na Bolsa.
Ao contrário do Ibovespa, Dólar descola do exterior e volta a subir
No cenário internacional, o dólar recuou diante de várias moedas, especialmente após o presidente do Banco do Japão sinalizar possível aumento de juros no país.
No Brasil, porém, o movimento foi o oposto: a moeda norte-americana passou do negativo para o positivo e fechou em alta, apesar do exterior mais favorável.
O dólar atingiu mínima de R$ 5,3274 pela manhã, mas acelerou até a máxima de R$ 5,3626 na reta final da sessão.
Especialistas apontam três fatores para a divergência: foco renovado nas questões fiscais, fluxo sazonal de final de ano e realização de lucros de estrangeiros após o forte rali da Bolsa.
Petróleo avança com incertezas geopolíticas
Os preços do petróleo também subiram, com o Brent fechando em US$ 63,17 (+1,27%) e o WTI em US$ 59,32 (+1,32%).
O mercado está atento ao risco de queda na oferta russa e às negociações diplomáticas envolvendo Moscou e Washington.
Além disso, a decisão da Opep+ de manter a produção no primeiro trimestre de 2026 reforçou o apoio às cotações.