Otimismo

Ibovespa a um passo dos 140 mil pontos: é o topo ou tem mais por vir? Veja o que aponta os analistas

Bancos e casas de análises fazem novas apostas após índice atingir alta recorde na última terça-feira (13)

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EXT23 Ibovespa e Petroleo disparam com reabertura economica
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O Ibovespa (IBOV) fechou a última terça-feira (13) aos 138.963,11 pontos, o maior patamar da história. Na máxima intradiária, chegou a flertar com os 139.418,97 pontos, também um recorde absoluto. 

A alta de 1,76% no dia e o avanço acumulado de 15,5% em 2025 não são apenas estatísticas: são sinais claros de que o Brasil voltou ao radar dos grandes investidores globais.

O que influencia a alta do Ibovespa?

A XP Investimentos e o Bradesco BBI apontam que os recordes do Ibovespa não são apenas reações pontuais a indicadores positivos — como o Índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA ou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). 

Segundo as análises, o país está vivendo uma rotação global: investidores cansaram da Nasdaq cara e estão voltando os olhos para ativos baratos e promissores.

A XP mantém projeção de 149 mil pontos para o Ibovespa até o fim de 2025, enquanto o BBI fala em “excepcionalismo regional”, destacando que a América Latina lidera a performance global dos mercados em 2025.

“Ideias, como sementes, precisam do tempo certo para germinar. E os sinais mais recentes sugerem que o tempo da bolsa brasileira pode finalmente estar chegando”, destaca o Bradesco BBI.

O Bank of America também entrou no jogo: mantém visão overweight para o Brasil e acredita que a Selic pode cair para 11,25% até 2026, impulsionando os lucros das empresas. 

A carteira do banco para o Brasil é ampla e abrange nomes como Petrobras (PETR3)(PETR4), Vale (VALE3), Localiza (RENT3), Embraer (EMBR3), Itaú (ITUB4), BTG Pactual (BPAC11), Sabesp (SBSP3), Assaí (ASAI3) e Copel (CPLE3) — esta última adicionada recentemente pelo seu potencial de dividendos.

A próxima fronteira: 150 mil pontos?

Com o Ibovespa flertando com os 140 mil, novas projeções começam a surgir. A Monte Bravo revisou para cima sua meta: agora aposta em 150 mil pontos até o fim do ano

E uma pesquisa do BofA Data Analytics mostrou que 43% dos gestores latino-americanos já enxergam o índice acima de 140 mil em 2025, contra apenas 18% no mês anterior.

Mas nem tudo são flores

A XP alerta para cinco riscos no radar: queda do prêmio de risco, piora na dinâmica de lucros, excesso de dependência de capital estrangeiro, fragilidade técnica e instabilidades macro

Já o BBI lembra que o prêmio de risco ainda está alto — o que pode significar espaço para valorização, ou um alerta para cautela em caso de reversão nos juros ou no cenário externo.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.