
- Ibovespa sobe 0,13% na abertura, aos 133.988 pontos
- PETR4 avança 0,13%, enquanto VALE3 recua 0,67%
- Dólar sobe a R$ 5,52; juros futuros também avançam
O Ibovespa abriu em leve alta nesta sexta-feira (25), subindo 0,13%, aos 133.988,19 pontos. O movimento reflete o desempenho positivo de algumas blue chips, especialmente Petrobras e Banco do Brasil, que ajudam a sustentar o índice apesar da pressão negativa exercida pelas ações da Vale.
Os investidores acompanham com cautela o desempenho dos mercados internacionais, oscilando entre otimismo moderado e realização de lucros. Lá fora, os índices futuros dos EUA operam com variações tímidas, enquanto o dólar e os juros futuros avançam no Brasil.
Petrobras sobe, Vale recua e bancos operam mistos
Na composição do Ibovespa, as ações da Petrobras (PETR4) registram leve alta de 0,13% na abertura, em dia de estabilidade nos preços do petróleo. A petroleira continua a atrair fluxo de capital pela forte geração de caixa e expectativa de dividendos consistentes, o que oferece suporte ao índice.
Por outro lado, os papéis da Vale (VALE3) caem 0,67%, refletindo a oscilação dos preços do minério de ferro no exterior e a cautela com a demanda chinesa. O desempenho da mineradora limita os ganhos do Ibovespa, já que a empresa tem peso expressivo na carteira teórica do índice.
Entre os bancos, o comportamento é misto. O Itaú (ITUB4) recua 0,06% e o Bradesco (BBDC4) cai 0,19%. Já o Santander (SANB11) avança 0,19% e o Banco do Brasil (BBAS3) lidera com alta de 0,70%. Desse modo, a performance do BBAS reflete tanto o fluxo em estatais quanto a percepção de menor risco político no curto prazo.
Dólar sobe com juros e pressão externa
O dólar comercial opera em alta de 0,17% nesta manhã, cotado a R$ 5,52. O movimento acompanha a valorização global da moeda americana diante das incertezas sobre o corte de juros nos Estados Unidos. A possibilidade de uma política monetária mais restritiva por mais tempo mantém os investidores em alerta.
Ademais, ao mesmo tempo, os juros futuros (DIs) sobem no mercado local. O movimento reflete a combinação de dólar forte, preocupações fiscais e projeções de inflação mais resistentes. Os contratos de DI com vencimento em 2027 e 2029 registram altas expressivas, ampliando a inclinação da curva.
Por fim, esse cenário exige atenção redobrada dos investidores em renda fixa e variável. A alta nos juros reduz o apetite por risco e impacta a precificação de ativos mais sensíveis, como ações de crescimento e imóveis.
Cenário externo ainda é instável
No exterior, os futuros dos principais índices americanos operam com variações modestas. Assim, o Dow Jones futuro sobe 0,11%, o S&P 500 avança 0,10% e a Nasdaq recua 0,03%. O mercado aguarda dados econômicos relevantes nos próximos dias, incluindo inflação e atividade industrial.
Além disso, o clima ainda é de cautela global. A indefinição sobre a trajetória dos juros nos EUA e a disputa comercial com a China mantêm o investidor estrangeiro em compasso de espera. No curto prazo, a aversão ao risco pode continuar elevada, especialmente em mercados emergentes.
Ao mesmo tempo, ativos considerados mais seguros, como o dólar e os títulos do Tesouro americano, continuam sendo os preferidos. Portanto, essa dinâmica explica o fluxo de saída da Bolsa brasileira nos últimos dias e a valorização da moeda americana.