
- Ibovespa sobe com apoio de commodities; Vale e Petrobras impulsionam o índice, que opera acima dos 134 mil pontos.
- Cenário externo ajuda; Bolsas dos EUA avançam e dólar recua a R$ 5,46 com maior apetite por risco.
- Investidores de olho nos juros; DIs operam mistos e expectativas se voltam ao IPCA de julho e ao Copom.
O Ibovespa abriu esta quinta-feira (7) em leve alta, com apoio das ações de commodities e um ambiente externo mais favorável. Às 10h25, o principal índice da Bolsa brasileira subia 0,16%, aos 134.755,22 pontos, acompanhando o tom positivo dos mercados globais e a valorização de grandes empresas da B3.
Desse modo, Vale (VALE3) avança 0,71%, impulsionada pelo minério de ferro em alta no exterior. Já Petrobras (PETR4) sobe 0,65%, com investidores reagindo ao movimento do petróleo e ao novo plano de investimentos da companhia.
Bancos operam mistos, mas ajudam na sustentação
Os grandes bancos abrem o dia sem direção única, mas com viés levemente positivo. Itaú (ITUB4) sobe 0,30%, enquanto Santander (SANB11) ganha 0,27%. Banco do Brasil (BBAS3) avança 0,48%, mantendo o otimismo após balanços recentes. Por outro lado, Bradesco (BBDC4) cai 0,06%.
Além disso, o desempenho do setor financeiro segue relevante para o índice, especialmente em um ambiente de incerteza fiscal no Brasil. Os investidores seguem atentos aos desdobramentos sobre o novo arcabouço e à pressão do Executivo por mais gastos.
Desse modo, a expectativa é que os juros futuros sigam oscilando nesta sessão, diante da cautela com as declarações de membros do Banco Central e da aproximação da próxima reunião do Copom.
Bolsas dos EUA em alta e dólar recua
O cenário externo dá suporte ao desempenho positivo do Ibovespa nesta manhã. Os índices futuros de Wall Street operam em alta: o Dow Jones Futuro sobe 0,47%, o S&P500 avança 0,60% e a Nasdaq ganha 0,78%, com apoio do setor de tecnologia.
Ademais, nos Estados Unidos, os investidores seguem repercutindo os dados mais recentes de emprego e inflação, além das falas do presidente Donald Trump sobre possíveis cortes de impostos corporativos. As expectativas de estímulos mantêm o otimismo no ar.
No câmbio, o dólar recua 0,05%, sendo negociado a R$ 5,46. Portanto, o movimento reflete a entrada de fluxo estrangeiro, além do enfraquecimento global da moeda americana diante de um maior apetite por risco nos mercados.
Juros futuros abrem sem direção única
Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DIs) operam mistos no início do dia. Enquanto os vencimentos curtos reagem a dados locais e à trajetória do câmbio, os longos seguem pressionados pelas incertezas fiscais e pelo cenário internacional.
Além disso, a curva de juros ainda reflete o impacto das recentes falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da presidente do Banco Central, Adriana Sales. Ambos têm sinalizado preocupação com a inflação, mas com discursos divergentes sobre o ritmo de cortes da Selic.
Por fim, o mercado segue monitorando as declarações da equipe econômica e os dados que serão divulgados nesta sexta, especialmente o IPCA de julho, que pode alterar as apostas para a próxima decisão do Copom.