Abertura de mercado

Ibovespa abre estável em dia de queda da Petrobras e alta de Vale; dólar avança

Índice segurou no positivo em sessão de ajustes, enquanto bolsas internacionais operaram em alta e juros futuros mostraram movimentos mistos.

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Ibovespa abre estável em dia de queda da Petrobras e alta de Vale; dólar avança
  • Ibovespa fechou em leve alta de 0,02%, aos 136.559,04 pontos.
  • Vale subiu 0,55% e Petrobras caiu 2,46%, neutralizando parcialmente os efeitos.
  • Dólar avançou para R$ 5,43 e juros futuros mostraram movimentos mistos.

O Ibovespa abriu o pregão desta sexta-feira praticamente estável, em alta de 0,02%, aos 136.559,04 pontos. A leve variação refletiu uma sessão de forças opostas entre a queda das ações da Petrobras e o avanço dos papéis da Vale, além de desempenhos mistos no setor bancário.

No exterior, as bolsas americanas registraram ganhos moderados, apoiadas em indicadores econômicos positivos. O dólar subiu 0,17%, a R$ 5,43, em meio a cautela dos investidores com a trajetória fiscal brasileira e a política monetária nos Estados Unidos.

Vale sustenta índice enquanto Petrobras pressiona

Os papéis da Vale (VALE3) avançaram 0,55%, apoiados pela valorização do minério de ferro no mercado internacional. A demanda aquecida na China e expectativas de estímulos adicionais à economia do país asiático impulsionaram o preço da commodity, beneficiando mineradoras listadas na B3.

Na direção oposta, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) recuaram 2,46%. Além disso, a pressão veio da queda do petróleo no mercado internacional e de ajustes de portfólio por parte dos investidores, após recentes altas acumuladas. A estatal também segue sob atenção com discussões sobre política de preços e dividendos.

Desse modo, o peso das duas empresas no índice fez com que a valorização da Vale amenizasse apenas parcialmente o impacto negativo da Petrobras, mantendo o Ibovespa próximo da estabilidade. Esse equilíbrio marcou boa parte da sessão, com alternância entre leves altas e baixas.

Bancos operam de forma mista

O setor bancário apresentou resultados mistos. Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 0,38%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) registrou alta mais expressiva, de 0,90%. Analistas atribuem a performance ao apetite por ações de empresas consideradas mais defensivas em meio à volatilidade externa.

Por outro lado, Santander (SANB11) caiu 0,23% e Bradesco (BBDC4) avançou 0,32%, refletindo movimentos técnicos e ajustes de carteiras. Assim, a expectativa do mercado está voltada para a divulgação dos próximos balanços trimestrais, que devem trazer mais clareza sobre a saúde do setor.

Portanto, os bancos, por seu peso no índice e relevância econômica, continuam sendo observados de perto, especialmente diante do cenário de juros altos e possível desaceleração econômica no segundo semestre.

Cenário internacional favorece apetite ao risco

Nos Estados Unidos, os índices futuros encerraram em alta: Dow Jones avançou 0,17%, S&P 500 ganhou 0,23% e Nasdaq subiu 0,18%. Os ganhos vieram após a divulgação de dados de emprego e inflação em linha com as expectativas, reforçando a visão de que o Federal Reserve pode manter os juros inalterados no curto prazo.

Além disso, a alta em Wall Street ajudou a conter pressões negativas no mercado brasileiro. Investidores também acompanharam as negociações comerciais e sinais de retomada de setores estratégicos na economia americana.

Desse modo, o movimento de busca por ativos de risco, no entanto, foi moderado, uma vez que ainda há incerteza sobre o ritmo de crescimento global e sobre decisões de política monetária nas principais economias.

Dólar avança e juros futuros ficam mistos

No câmbio, o dólar subiu 0,17%, encerrando a sessão a R$ 5,43. A moeda americana ganhou força frente ao real acompanhando o movimento global, com o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, registrando leve alta.

Ademais, os juros futuros (DIs) encerraram o dia sem direção única. Enquanto os vencimentos curtos ficaram próximos da estabilidade, refletindo expectativas ancoradas para a Selic no curto prazo, os contratos mais longos oscilaram com influência do cenário fiscal e da percepção de risco do país.

Por fim, para analistas a movimentação dos DIs indica que o mercado segue em compasso de espera por sinais mais concretos da condução da política monetária no Brasil e pela evolução das contas públicas.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.