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Ibovespa abre estável, mas em alta; Vale e Petrobras sustentam ganhos diante de queda dos bancos

Índice encerra o pregão com leve avanço de 0,06%, aos 135.988 pontos; dólar sobe e juros futuros recuam.

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Ibovespa abre estável, mas em alta; Vale e Petrobras sustentam ganhos diante de queda dos bancos
  • Vale (VALE3) sobe 0,90% e Petrobras (PETR4) avança 0,79%, puxando o índice.
  • Bancos recuam e limitam alta do Ibovespa.
  • Dólar sobe 0,29%, a R$ 5,45; juros futuros caem.

O Ibovespa abriu o pregão desta segunda-feira (11) praticamente estável, mas no campo positivo. O principal índice da B3 subiu 0,06%, fechando aos 135.988,99 pontos, em um dia de forças opostas entre setores.

A alta foi sustentada principalmente por ações de commodities, enquanto os papéis do setor bancário recuaram e impediram ganhos mais expressivos. No cenário externo, as bolsas norte-americanas também mostraram variações moderadas, com investidores à espera de novos dados econômicos.

Vale e Petrobras dão suporte ao índice

Entre as blue chips, Vale (VALE3) subiu 0,90%, impulsionada pela recuperação nos preços do minério de ferro no mercado internacional. O movimento refletiu expectativas de estímulos econômicos na China, principal compradora da commodity.

Além disso, a Petrobras (PETR4) avançou 0,79%, acompanhando a alta do petróleo no mercado global. A valorização ocorreu mesmo após a recente queda provocada pela divulgação dos resultados do segundo trimestre, que decepcionaram parte dos investidores em relação aos dividendos.

Portanto, essas altas ajudaram a manter o Ibovespa no campo positivo, compensando parte da pressão vinda do setor financeiro, que apresentou desempenho fraco.

Bancos pesam no desempenho

As ações dos principais bancos operaram em queda durante o pregão, refletindo ajustes de carteira e expectativas para a política monetária. Itaú (ITUB4) recuou 0,54%, Santander (SANB11) caiu 0,37%, Banco do Brasil (BBAS3) cedeu 0,63% e Bradesco (BBDC4) perdeu 0,31%.

Assim, analistas apontam que o setor financeiro enfrenta um momento de cautela, com investidores monitorando indicadores de crédito e possíveis impactos de mudanças nas taxas de juros. Além disso, o movimento reflete a realização de lucros após ganhos acumulados em sessões anteriores.

Desse modo, essa pressão negativa dos bancos limitou o potencial de alta do Ibovespa, que poderia ter fechado com desempenho mais robusto devido ao bom desempenho das empresas ligadas a commodities.

Cenário externo e câmbio

No exterior, o humor dos mercados foi levemente positivo. O Dow Jones Futuro subiu 0,14%, o S&P 500 avançou 0,06% e a Nasdaq ganhou 0,02%. O movimento reflete a expectativa de novos dados de inflação nos Estados Unidos, que podem influenciar as próximas decisões do Federal Reserve sobre juros.

Ademais, no mercado de câmbio, o dólar subiu 0,29%, encerrando a R$ 5,45. A alta foi atribuída à busca por proteção por parte de investidores, mesmo com um ambiente externo relativamente estável.

Portantom os juros futuros (DIs) recuaram, acompanhando o alívio nas expectativas inflacionárias internas, após a divulgação do Boletim Focus pela manhã, que mostrou revisão para baixo nas projeções de inflação para 2025 e 2026.

O que observar nos próximos pregões

O mercado deve seguir atento aos desdobramentos da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Internamente, indicadores de inflação e atividade econômica podem influenciar as apostas para a trajetória da Selic.

Além disso, no cenário externo, os investidores aguardam novos sinais sobre o ritmo da economia norte-americana e eventuais impactos nas commodities. Assim, a valorização recente do petróleo e do minério de ferro será monitorada, já que influencia diretamente o desempenho de Vale e Petrobras.

Por fim, para o câmbio, a combinação de fatores externos e internos continuará a ditar o ritmo, com atenção para movimentos abruptos ligados a eventos políticos ou econômicos globais.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.