Ibovespa acende alerta: CPFE3 dispara enquanto HAPV3 desaba; o que vem agora?

• CPFE3 entra em forte sobrecompra, elevando risco de correção no curto prazo.
• HAPV3 registra survenda extrema e desperta interesse por repiques, mas sem sinais de reversão.
• IFR mostra extremos na bolsa e reforça a necessidade de cautela em papéis muito esticados.

O Índice de Força Relativa (IFR) reacendeu o debate sobre exageros de preço na bolsa. A CPFL Energia (CPFE3) entrou de novo na lista de papéis em sobrecompra, após saltar mais de 62% no ano. O movimento desperta cautela entre analistas, que veem risco crescente de correção no curto prazo.

Ao mesmo tempo, a Hapvida (HAPV3) aparece entre os ativos mais pressionados do Ibovespa, registrando forte survenda. A queda recente abre espaço para especulações sobre um possível repique técnico, ainda que sem sinais concretos de reversão.

CPFE3 volta a ficar “esticada” e acende risco de correção

A CPFE3 renovou máximas e segue entre as ações mais fortes do ano. O IFR em 85,08 pontos indica nível clássico de sobrecompra, fato que costuma antecipar ajustes. Apesar da tendência de alta se manter sólida, o distanciamento das médias técnicas preocupa parte do mercado.

Contudo, a força compradora segue evidente, e isso reforça a leitura de tendência primária ainda ativa. Mesmo assim, analistas veem espaço reduzido para novas altas rápidas. Por isso, cresce a expectativa de uma fase de consolidação ou leve correção.

Além disso, a ação já acumula alta de 62,59% em 2025, o que amplia o debate sobre assimetrias. O movimento intenso elevou o papel a níveis que exigem maior cautela do investidor de curto prazo.

HAPV3 mergulha em sobrevenda e vira alvo de observação

A HAPV3 vive um momento oposto: acumula quedas fortes e atingiu IFR em 16,29 pontos, indicando survenda extrema. Esse movimento costuma acontecer em fases de forte pessimismo, gerando possíveis oportunidades técnicas. Contudo, ainda não há sinais claros de reversão.

Os preços voltaram a renovar mínimas históricas, fato que reforça a deterioração do sentimento sobre a companhia. A pressão intensa surge após resultados trimestrais fracos, que aceleraram o fluxo vendedor.

Mesmo assim, alguns operadores observam o papel em busca de repiques de curto prazo. Entretanto, a ausência de força compradora mantém o risco elevado. Portanto, o cenário atual exige cuidado redobrado.

IFR revela extremos e divide o Ibovespa

O IFR segue como uma das ferramentas mais usadas por traders para medir força e exageros de preço. Números acima de 70 sugerem sobrecompra, enquanto leituras abaixo de 30 indicam survenda. Assim, o indicador ajuda a identificar pontos de possível inflexão no mercado.

Além de CPFE3, também aparecem esticados papéis como CURY3, AXIA3, AXIA6 e ISAE3. Esses ativos apresentam forte momentum e podem experimentar ajustes no curto prazo.

Do lado oposto, além da HAPV3, outras ações em pressão incluem RECV3, NATU3, BRAV3 e RAIZ4. A região de sobrevenda amplia a atenção dos traders em busca de possíveis repiques técnicos.