
- O índice segue em alta com crescimento significativo nos setores de varejo e siderurgia
- Pressionado por fatores externos, o dólar reflete o clima de incertezas em relação à economia global
- O resultado preocupa, reforçando a necessidade de ações fiscais mais rigorosas
O mercado brasileiro iniciou o dia com sinais positivos, com o Ibovespa subindo para os 132.857,43 pontos, uma valorização de 0,60%, e se aproximando da marca histórica de 133 mil pontos.
A sessão de hoje foi marcada por altas em diversos setores, como o varejo e as siderúrgicas, e a valorização do dólar comercial, que passou a ser cotado a R$ 5,72.
Por outro lado, desafios como o déficit em conta corrente continuam afetando o cenário econômico. O Banco Central registrou um déficit de US$ 8,8 bilhões em fevereiro.
Dólar e juros futuros
O dólar comercial, que na última sessão avançou para R$ 5,72, reflete uma pressão externa relacionada ao aumento de tarifas dos Estados Unidos. A expectativa é de que o presidente Donald Trump anuncie novas tarifas em abril, o que vem gerando incertezas sobre o impacto no mercado global. Além disso, os juros futuros apresentam oscilações enquanto investidores monitoram de perto a economia americana.
Ações do varejo
No mercado de ações, o setor de varejo liderou as altas, com destaque para os papéis de Lojas Renner (LREN3), que avançaram 2,80%, e Casas Bahia (BHIA3), que subiram 2,48%. Outros nomes como Magazine Luiza (MGLU3) também mostraram valorização, com um aumento de 2,29%.
O bom desempenho das varejistas é atribuído à expectativa de crescimento do consumo e ao bom desempenho no setor no último trimestre.
Siderúrgicas e supermercadistas
As ações de siderúrgicas também acompanharam a alta do mercado, com destaque para CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4), e Usiminas (USIM5), que apresentaram altas moderadas no início do pregão.
Por outro lado, os supermercados também demonstraram um desempenho positivo, com ASAI3 subindo 2,11%, Carrefour (CRFB3) avançando 0,27%, e Pão de Açúcar (PCAR3) ganhando 4,56%.
Déficit em conta corrente
Em meio à alta nos mercados locais, o Brasil registrou um déficit de US$ 8,8 bilhões em conta corrente em fevereiro, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central.
Esse número reforça a pressão sobre as contas externas e a necessidade de reformas estruturais para equilibrar a balança comercial. Esse déficit gerou preocupações sobre a necessidade de aumento das reservas internacionais, o que poderá afetar a política monetária do país.
No cenário externo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantém o foco na guerra comercial, com a promessa de anunciar novas tarifas sobre produtos importados, como automóveis e componentes eletrônicos.
A movimentação de Trump trouxe incertezas ao mercado, e os investidores aguardam o próximo passo para ajustar suas expectativas.
Expectativas de crescimento
Apesar dos ganhos expressivos nas bolsas, a cautela permanece no mercado, com os investidores observando atentamente o cenário econômico global, principalmente os efeitos das políticas tarifárias de Trump e o andamento da reforma tributária no Brasil.
A expectativa é de que o governo federal consiga avançar com os projetos de regulação de plataformas digitais. Mas, a percepção sobre a estabilidade fiscal do Brasil continuará sendo um tema chave para os próximos meses.
Confira abaixo os resultados das principais ações: