Abertura de mercado

Ibovespa abre em alta com bancos disparando e dólar em queda; veja quem puxou a Bolsa

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Ibovespa abre em alta com bancos disparando e dólar em queda; veja quem puxou a Bolsa
  • Ibovespa sobe aos 133.697 pontos com forte alta dos grandes bancos;
  • Vale e Nasdaq também sobem, enquanto Petrobras recua levemente;
  • Dólar cai a R$ 5,51 e DIs recuam com alívio externo e fluxo positivo.

O Ibovespa abriu esta segunda-feira (4) com alta de 0,95%, aos 133.697,87 pontos, em um pregão marcado por otimismo no setor bancário e melhora do ambiente externo. Sendo assim, a valorização dos papéis financeiros e o recuo no dólar ajudaram o índice a engatar recuperação após sessões instáveis.

Apesar de Petrobras recuar 0,25% (PETR4), o desempenho positivo de Vale (+1,04%) e das ações de grandes bancos impulsionou o mercado. O clima mais favorável também refletiu na curva de juros futuros, com queda nos DIs, e na desvalorização do dólar frente ao real.

Bancos lideram e sustentam alta do dia

As ações dos bancos foram os principais destaques positivos do pregão. Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 2,07%, seguidos por Santander (SANB11), com +1,94%, Itaú (ITUB4), que avançou 1,46%, e Bradesco (BBDC4), com alta de 1,39%.

O movimento reflete maior apetite por risco, em meio à percepção de que os bancos podem se beneficiar da estabilidade da Selic, da rotação setorial e da busca por papéis com forte geração de caixa e bom dividend yield.

Além disso, o avanço dos bancões ocorre após semanas de pressão no setor, especialmente sobre Banco do Brasil, que vinha acumulando perdas. A correção técnica e o alívio no exterior contribuíram para a recuperação das ações.

Desse modo, o setor financeiro, que tem grande peso no Ibovespa, funcionou como principal motor da alta do índice nesta sessão.

Vale sobe com minério; Petrobras recua

Enquanto a Vale (VALE3) subiu 1,04%, acompanhando a alta dos preços do minério de ferro, as ações da Petrobras (PETR4) recuaram 0,25%, mesmo com o petróleo operando próximo da estabilidade. A diferença de direção entre as gigantes reflete ajustes técnicos e realização pontual de lucros.

A mineradora segue beneficiada pelas expectativas de estímulos na China e melhora nas projeções de demanda, o que sustenta os preços da commodity e anima os investidores. Já a Petrobras teve um dia mais travado, em linha com a oscilação do Brent e o maior foco do mercado nos papéis financeiros.

Mesmo com a queda pontual, os papéis da estatal seguem com perspectiva positiva no médio prazo, principalmente por causa da política de dividendos e do preço atrativo.

Portanto, esse equilíbrio entre os setores de commodities e financeiro garantiu a força da alta do índice nesta segunda-feira.

Ambiente externo reforça otimismo

Lá fora, os índices futuros americanos operaram em alta ao longo do dia. O Dow Jones Futuro avançou 0,46%, o S&P500 subiu 0,57% e a Nasdaq ganhou 0,80%, sinalizando maior apetite global por risco, com investidores de olho nos dados econômicos desta semana.

Esse movimento positivo ajudou a derrubar o dólar, que recuou 0,47%, para R$ 5,51, e também contribuiu para a queda dos juros futuros no Brasil. A melhora do cenário externo, somada ao fluxo cambial, colaborou para o fortalecimento do real e alívio na curva de DIs.

Com menos pressão cambial e queda nos juros longos, ativos de risco ganharam tração na B3, especialmente os setores mais sensíveis ao ambiente macro.

Por fim, essa combinação de fatores sugere que o mercado pode manter o viés positivo, caso não surjam novos ruídos nos próximos dias.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.