- Índice futuro opera aos 129,6 mil pontos, com mercado cauteloso
- Ações despencam 9,04% após resultados decepcionantes do 4T24
- Siderúrgicas e frigoríficas registram ganhos, destacando-se no pregão
O Ibovespa futuro iniciou a sexta-feira (21) com oscilações, marcando 129,6 mil pontos, após um começo de dia instável. Ações de empresas listadas estão reagindo a uma combinação de resultados financeiros, declarações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a evolução do cenário econômico.
O dólar comercial foi negociado a R$ 5,70, e os juros futuros registraram movimentos mistos. Dessa forma, refletindo a cautela dos investidores em relação aos próximos passos da política monetária e fiscal no Brasil.
Haddad e o combate da inflação
Em uma declaração relevante, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou que um orçamento equilibrado é a chave para o controle da inflação e a redução dos juros.
A afirmação veio em um momento de tensão nos mercados financeiros, com a pressão sobre a política fiscal e a expectativa de mais ajustes econômicos por parte do governo.
Segundo Haddad, a contenção das despesas públicas é essencial para garantir um cenário de estabilidade que permita a queda dos juros a longo prazo.
Ações da Lojas Renner caem
Entre os destaques negativos do dia, as ações da Lojas Renner (LREN3) despencaram 9,04%, liderando as perdas do Ibovespa após a divulgação do resultado financeiro do quarto trimestre de 2024 (4T24).
A queda é resultado de desapontamento dos investidores com o desempenho da empresa, que não atingiu as expectativas de lucro e receita.
O setor de varejo, como um todo, ainda enfrenta desafios com a alta da inflação e os custos mais elevados. Dessa forma, o que impacta diretamente o poder de compra dos consumidores e, consequentemente, as vendas do setor.
Em meio a isso, as ações de outras varejistas também começaram o dia em queda, como CEAB3, que recuou 2,50%, e MGLU3, que perdeu 0,27%.
Setor siderúrgico e frigoríficos em alta
Apesar das quedas no setor de varejo, o setor siderúrgico teve um desempenho positivo. As ações de GGBR4 subiram 1,58%, seguidas por GOAU4 que avançou 1,21%, e CSNA3, com 0,79% de alta.
O aumento da demanda e as expectativas positivas em relação à produção e exportação de aço impulsionaram o movimento de alta no setor siderúrgico, especialmente para mercados internacionais.
As frigoríficas, por sua vez, também apresentaram bons resultados, com JBSS3 subindo 1,58%, MRFG3 avançando 1,18%, e BRFS3 ganhando 1,17%.
Esses ganhos são impulsionados pela demanda constante por carne e produtos derivados. Principalmente, nas exportações para mercados como China e outros países asiáticos.
Mistos no setor de petróleo e energia
No setor de energia, as ações das petroleiras juniores iniciaram o dia de forma mista. PRIO3 registrou uma leve queda de 0,18%, enquanto BRAV3 subiu 0,46%, e ENEV3 avançou 0,24%.
A volatilidade do petróleo e os recentes desafios globais no setor de energia têm impactado diretamente o desempenho dessas empresas. Que, no entanto, ainda lidam com uma recuperação desigual dos preços da commodity.
Além disso, as ações de Eletrobras (ELET3 e ELET6) também registraram quedas. Assim, refletindo um cenário de ajustes nas expectativas sobre o setor de energia, que ainda sofre com desafios regulatórios e financeiros.
Cenário econômico
Em termos gerais, o Ibovespa começou o pregão com queda de 0,19%, aos 127.361,33 pontos, refletindo o cenário de cautela dos investidores. O mercado está atento tanto às declarações fiscais quanto aos resultados empresariais. Que indicam, no entanto, um quadro de recuperação gradual.
O desempenho misto dos setores mostra como os investidores estão divididos entre otimismo com certos segmentos da economia e a preocupação com os impactos da inflação, juros e os resultados corporativos.
Confira abaixo as principais cotações desta sexta-feira (21):