
- Ibovespa recua 0,05% com ações de bancos pressionando o índice
- Vale avança 0,35% e Petrobras recua 0,16% em dia de movimentos mistos
- Dólar sobe a R$ 5,52 e juros futuros (DIs) operam sem direção única
O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (5) em leve baixa de 0,05%, aos 132.898,62 pontos. O desempenho modesto reflete a falta de direção clara nos setores de maior peso da Bolsa. Enquanto ações ligadas à mineração ajudaram a sustentar o índice, os bancos atuaram como âncora negativa.
O cenário internacional também influenciou o humor dos investidores. Os índices futuros de Wall Street mostraram movimentos divididos, e o dólar voltou a ganhar força frente ao real. Portanto, em meio às incertezas sobre juros e atividade global, os investidores preferiram cautela.
Vale sustenta o índice; Petrobras recua
A mineradora Vale (VALE3) foi um dos destaques positivos do dia, com alta de 0,35%. O desempenho seguiu o avanço dos preços do minério de ferro, especialmente no mercado asiático. A demanda da China por aço segue como fator de suporte aos papéis da companhia.
Por outro lado, as ações da Petrobras (PETR4) recuaram 0,16%, em movimento de ajuste após dias de instabilidade nos preços do petróleo. O mercado segue atento às decisões da empresa sobre dividendos e política de preços de combustíveis, o que aumenta a volatilidade do papel.
Desse modo, empresas do setor de energia e commodities seguem sendo acompanhadas de perto por analistas, já que oscilam de acordo com dados globais e decisões internas. Essa combinação de fatores traz impacto direto sobre o índice Bovespa, dada a representatividade dessas ações.
Bancos pressionam o índice com desempenho desigual
O setor bancário teve atuação mista e acabou puxando o índice para baixo. As ações do Itaú (ITUB4) e do Santander (SANB11) recuaram 0,34% cada. Os papéis do Bradesco (BBDC4) subiram 0,19%, enquanto os do Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 0,53%, sendo o maior ganho entre os grandes bancos.
Além disso, as instituições financeiras têm sido impactadas por diferentes fatores, como expectativa de corte de juros em 2026, inadimplência em alta no crédito e margens comprimidas. Com isso, o mercado ainda busca um novo ponto de equilíbrio para os papéis do setor.
Por fim, mesmo com movimentos positivos pontuais, os investidores mantêm o pé no freio quanto à exposição em bancos. A sensibilidade dos papéis a decisões fiscais e monetárias internas segue sendo um ponto de atenção constante.
Dólar sobe e juros operam sem direção
O dólar comercial teve valorização de 0,28%, fechando cotado a R$ 5,52. A alta reflete tanto o fortalecimento da moeda americana no exterior quanto a saída de capital estrangeiro da Bolsa brasileira. O movimento amplia a pressão sobre os ativos de risco locais.
Ademais, os contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs), que refletem a expectativa para a taxa Selic futura, oscilaram de forma mista. Alguns vértices registraram alta, enquanto outros recuaram levemente. O mercado segue atento ao cenário político-fiscal e às falas dos dirigentes do Banco Central.
No exterior, o Dow Jones Futuro caiu 0,03%, enquanto o S&P500 avançou 0,15% e a Nasdaq ganhou 0,31%. Portanto, a expectativa em relação a balanços corporativos e à política monetária dos EUA contribui para o tom misto nos mercados globais.