- O Ibovespa subiu 1,05% nesta sexta-feira (11), encerrando a semana com valorização de 0,34%, impulsionado por Vale, Petrobras e bancos
- O dólar comercial caiu 0,46%, a R$ 5,871, e os juros futuros recuaram em toda a curva, refletindo melhora no apetite por risco
- Magazine Luiza (MGLU3) avançou 2,55% e Minerva (BEEF3) subiu 2,50%, com investidores confiantes em cenário externo mais favorável e queda da inflação
A sexta-feira (11) trouxe um alívio ao mercado financeiro brasileiro. O Ibovespa encerrou o pregão com uma alta expressiva de 1,05%, aos 127.682,40 pontos — um ganho de 1.327,65 pontos no dia. No acumulado da semana, o principal índice da bolsa brasileira subiu 0,34%, revertendo duas semanas consecutivas de perdas.
O alívio também veio do câmbio: o dólar comercial caiu 0,46%, sendo negociado a R$ 5,871. Já os juros futuros (DIs) recuaram por toda a curva, reforçando o apetite por risco.
O desempenho positivo se concentrou principalmente nas ações de maior peso na carteira do Ibovespa. Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e os principais bancos puxaram o índice para cima, impulsionados por análises favoráveis e pelo otimismo internacional com commodities e construção civil.
O petróleo no exterior subiu, e o clima de alívio com a inflação contribuiu para o movimento de recuperação dos ativos locais.
Blue chips lideram ganhos e animam o mercado
Os papéis das grandes companhias da bolsa reagiram com força ao movimento comprador. As ações da Petrobras (PETR4) avançaram 1,99%, em linha com a valorização do petróleo no mercado internacional, o que eleva expectativas de lucro para a petroleira. A Vale (VALE3) também teve alta relevante de 1,67%, contribuindo significativamente para o bom desempenho do índice.
Os bancos registraram ganhos consistentes, refletindo análises otimistas de casas de investimento. O Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,87%, após a XP Investimentos elevar seu preço-alvo.
Já Itaú Unibanco (ITUB4) e Itaúsa (ITSA4) avançaram 0,51% e 1,05%, respectivamente, diante da percepção de que ambos os papéis ainda estão com “desconto excessivo” no mercado.
Varejo e frigoríficos aproveitam o embalo
O sentimento positivo se estendeu a setores que vinham sofrendo com a volatilidade. O varejo teve uma sessão de recuperação, com Magazine Luiza (MGLU3) subindo 2,55%, impulsionada pelo otimismo com a inflação e o recuo nos juros futuros — fatores que favorecem o consumo. Outros nomes do setor também acompanharam a tendência e fecharam em alta.
Os frigoríficos também se beneficiaram do noticiário externo. A escalada das tensões comerciais entre China e Estados Unidos pode abrir espaço para empresas brasileiras ganharem mercado internacional. Minerva (BEEF3) registrou valorização de 2,50%, enquanto BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) também avançaram no pregão.
Construção civil reage a dados do primeiro trimestre
O setor de construção e incorporação também apresentou desempenho positivo nesta sexta. Cyrela (CYRE3) subiu 0,77% após a divulgação de dados operacionais do primeiro trimestre de 2025, indicando ritmo saudável de lançamentos e vendas.
A expectativa de continuidade na queda dos juros ajuda a fortalecer o otimismo com o segmento, que depende fortemente de crédito para financiamento de imóveis.
Ao final do dia, a ação mais negociada da B3 foi PETR4, refletindo o volume expressivo de investidores em busca de exposição à estatal. A maior alta do pregão ficou com VAMOS3, enquanto IBRB3 registrou a maior queda.
Com o fechamento positivo da semana, o mercado mantém o tom cautelosamente otimista e aguarda os próximos indicadores econômicos para definir os próximos passos.
Confira abaixo os resultados das principais ações: