
O Ibovespa (IBOV) abriu em alta nesta terça-feira (15), com a expectativa dos investidores pela audiência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), entre o Congresso e o governo federal. Por volta das 10:20, o principal índice da B3 subia 0,19%, aos 135.402,14 pontos.
Além disso, à crise tarifária com os Estados Unidos e aos novos dados de inflação norte-americana também impactam o mercado.
Altas e baixas do Ibovespa às 10:20
| Ação | Último (R$) | Variação % | Máxima (R$) | Mínima (R$) | Volume |
|---|---|---|---|---|---|
| São Martinho ON (SMTO3) | 17,63 | +2,80% | 17,70 | 17,26 | 72K |
| Cyrela ON (CYRE3) | 26,17 | +2,55% | 26,19 | 25,56 | 50K |
| Cosan ON (CSAN3) | 6,44 | +2,55% | 6,45 | 6,30 | 358,7K |
| Rumo ON (RAIL3) | 17,83 | +2,53% | 17,89 | 17,50 | 97,8K |
| Vamos ON (VAMO3) | 4,06 | +2,53% | 4,09 | 4,00 | 551,6K |
| Ação | Último (R$) | Variação % | Máxima (R$) | Mínima (R$) | Volume |
|---|---|---|---|---|---|
| Vale ON (VALE3) | 54,72 | -1,16% | 55,36 | 54,63 | 772,1K |
| Gerdau PN (GGBR4) | 16,48 | -1,02% | 16,60 | 16,47 | 151,6K |
| Bradespar PN (BRAP4) | 16,30 | -0,91% | 16,41 | 16,30 | 73,6K |
| Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4) | 9,24 | -0,86% | 9,32 | 9,22 | 212,5K |
| Brava ON (BRAA3) | 18,03 | -0,66% | 18,25 | 18,02 | 140K |
IOF, Alckmin e a tensão em Brasília
O principal ponto de atenção no cenário interno hoje é a audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso Nacional, marcada para as 15h.
O tema em debate é o polêmico decreto que aumenta o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), criticado por parlamentares e setores econômicos. Segundo apuração da Broadcast, há sinais de possível acordo, o que poderia aliviar parte das pressões fiscais e reduzir o estresse no mercado.
Outro destaque da agenda política é a reunião do vice-presidente Geraldo Alckmin com exportadores brasileiros para discutir a tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos do Brasil.
A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já provoca receios de retaliação e desaceleração nas exportações. O encontro deve tratar de estratégias de resposta e de negociação, com potencial impacto direto sobre o câmbio e o apetite ao risco.
Inflação nos EUA e expectativa por juros
No cenário internacional, as atenções se voltam para os dados do CPI (índice de preços ao consumidor) dos EUA, divulgados nesta manhã. O índice subiu 0,3% em junho ante maio, em linha com o esperado, e acumulou alta de 2,7% nos últimos 12 meses, levemente acima da projeção de 2,6%.
O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, subiu 0,2%, abaixo do consenso de 0,3%, o que traz algum alívio para os investidores preocupados com a trajetória dos juros americanos.
A expectativa agora gira em torno das falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia.
Estão previstos discursos de Bowman, Barr, Barkin e Collins, todos membros do Fomc, o comitê que define os juros nos EUA. Qualquer sinalização sobre cortes ou manutenção da taxa básica poderá mexer com os ativos globais, inclusive o câmbio e a renda variável brasileira.
Commodities e o alívio no petróleo
No mercado de commodities, o petróleo Brent opera estável, cotado a US$ 69,21 o barril, após o presidente dos EUA, Donald Trump, dar um ultimato de 50 dias à Rússia para encerrar a guerra com a Ucrânia.
A movimentação reduziu os temores de sanções imediatas e de impacto na oferta global da commodity.
Na China, o minério de ferro fechou com leve alta de 0,13%, cotado a US$ 107,01 por tonelada, sustentando as expectativas moderadas sobre a demanda da maior economia asiática.
BRF, Marfrig e MRV no radar
No campo das empresas, os investidores acompanham as movimentações em torno da fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3). As assembleias que decidirão o futuro da operação foram marcadas para 5 de agosto, com entrega dos votos à distância até o dia 1º. A decisão havia sido adiada duas vezes pela CVM após questionamentos de minoritários.
Já a MRV (MRVE3) divulgou ontem uma prévia operacional forte no segundo trimestre, com lançamentos de R$ 3,4 bilhões, alta de 54,2% na comparação anual. As vendas líquidas somaram R$ 2,7 bilhões, avanço de 5,8%. O resultado foi impulsionado pela nova faixa 4 do programa Minha Casa Minha Vida, que está dinamizando o setor de habitação popular e apoiando a geração de caixa da companhia.