IBOVESPA HOJE: Embraer e Payroll sustentam índice acima dos 140 mil pontos

Em um pregão de apetite moderado e atenção dividida entre os rumos da política monetária americana e os desdobramentos internos sobre o IOF, o Ibovespa (IBOV) opera em alta nesta quinta-feira (3), com forte alta de 1,04%, aos 140.615,30 pontos por volta das 10h38.

O dia começou com a divulgação do payroll dos Estados Unidos, que surpreendeu positivamente: foram criadas 147 mil vagas de emprego em junho, contra uma expectativa de 110 mil.

O dado reforça a tese de que a economia americana segue aquecida, o que reduz as apostas de cortes de juros no curto prazo pelo Federal Reserve (Fed), apesar das pressões públicas do presidente Donald Trump.

Com o payroll, fecha-se o ciclo de três importantes indicadores de emprego nos EUA nesta semana, e a leitura é clara: a política monetária seguirá cautelosa, o que influencia diretamente o fluxo de capitais para mercados emergentes como o Brasil.

Altas e baixas do Ibovespa às 10:38

Cena doméstica: IOF ainda gera incertezas

Por aqui, o noticiário econômico continua esvaziado, mas a tensão entre o governo e o Congresso após o imbróglio envolvendo o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) segue no radar dos investidores.

A instabilidade política pode comprometer o avanço de pautas econômicas e afetar o humor dos mercados nos próximos dias.

Commodities em direções opostas

No cenário externo, as commodities operam sem direção única. O minério de ferro fechou em alta de 2,45% em Dalian, na China, cotado a US$ 102,28, e pode beneficiar as ações da Vale (VALE3), que já vinham em trajetória de recuperação.

Por outro lado, o petróleo Brent recuava 0,14%, cotado a US$ 69,01, devolvendo parte dos ganhos das últimas sessões. Os investidores seguem atentos à reunião da Opep+ marcada para o próximo domingo (6), que pode anunciar um novo aumento de oferta da commodity.

Embraer decola no 2º trimestre

Entre as boas notícias do dia está a Embraer (EMBR3), que anunciou a entrega de 61 aeronaves no segundo trimestre de 2025, uma alta de 30% em relação ao mesmo período do ano passado e mais que o dobro do primeiro trimestre.

A fabricante reafirmou sua projeção de entregar entre 77 a 85 jatos comerciais e 145 a 155 executivos até o fim do ano, reforçando o otimismo com a retomada do setor aeronáutico.