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Ibovespa hoje escorrega de olho no Fed, Trump e Galípolo

Galípolo em Brasília, Trump mirando o Brasil, Fed no radar e empresas com novidades quentes movimentam o dia

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Ibovespa hoje escorrega de olho no Fed, Trump e Galípolo

Mesmo com o feriado estadual de 9 de julho em São Paulo, a B3 opera normalmente nesta quarta-feira, e o Ibovespa iniciou o dia no vermelho. Por volta das 10h25, o principal índice da bolsa brasileira recuava 0,62%, aos 138.444 pontos, em um ambiente de alta cautela política e externa.

Altas e baixas do Ibovespa

NomeÚltimoMáximaMínimaVar. %Vol.Hora
Braskem PN9,699,729,33+4,19%498,3K10:14:41
BRF ON22,7922,8222,00+2,98%603,2K10:11:31
Marfrig ON24,3024,3123,49+2,62%296,6K10:14:42
SLC Agrícola ON18,6318,6618,39+1,36%109,5K10:14:39
Raia Drogasil ON14,3814,4514,20+1,27%615,2K10:14:39
NomeÚltimoMáximaMínimaVar. %Vol.Hora
Minerva ON5,545,605,53-2,12%536,4K10:11:51
PetroRecôncavo ON14,4214,6814,40-2,10%193,3K10:14:36
CPFL ON39,0739,8939,03-2,01%138,4K10:14:40
Rumo ON17,8618,1817,71-1,54%476,5K10:14:41
Cemig PN10,8711,0410,87-1,18%250,9K10:14:40

IOF em xeque e Galípolo no Congresso

O clima em Brasília segue tenso. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa hoje de uma audiência na Câmara dos Deputados, enquanto o governo continua buscando alternativas ao polêmico aumento do IOF, já descartado como solução fácil para elevar a arrecadação.

As tratativas ocorrem às vésperas da reunião de conciliação entre Executivo e Legislativo no Supremo Tribunal Federal (STF), marcada para a próxima terça (15), onde devem ser debatidas medidas fiscais e o impasse dos precatórios.

O cenário reforça a desconfiança dos investidores em relação à condução das contas públicas.

Fed e Trump no radar

No exterior, as atenções se voltam para a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), prevista para às 15h (horário de Brasília).

A expectativa gira em torno de pistas sobre o início e a intensidade do ciclo de cortes de juros nos EUA — fator que pode mexer com o apetite ao risco global.

E, como se não bastasse, Donald Trump voltou ao noticiário com mais tensão comercial: o presidente norte-americano deve anunciar novas tarifas, e países do BRICS, como o Brasil, estão entre os potenciais alvos.

O aumento do protecionismo pode prejudicar exportações e impactar empresas brasileiras ligadas a commodities.

Commodities em compasso de espera

Enquanto isso, o mercado de commodities apresenta leve viés positivo:

  • Petróleo Brent subia 0,20%, a US$ 70,29 por barril, com investidores à espera dos dados semanais de estoques nos EUA.
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian (China) fechou em alta de 0,68%, cotado a 736,5 yuans/tonelada (US$ 102,66).

Destaques corporativos

Cyrela (CYRE3)
A incorporadora lançou 17 empreendimentos no 2º tri de 2025, somando R$ 4,13 bilhões em VGV, alta de 182% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho reforça o ritmo agressivo da companhia, com foco em várias faixas de renda.

PetroReconcavo (RECV3)
A produção caiu 1,8% em junho, totalizando 26,9 mil barris por dia, devido a uma parada de sete dias no campo de Cassarongongo, na Bahia. A empresa informou que já está atuando para normalizar os volumes.

SLC Agrícola (SLCE3)
As terras da companhia foram reavaliadas em R$ 13,4 bilhões pela Deloitte, ante R$ 11,6 bilhões no ano anterior. O hectare médio chegou a R$ 58.960, e o valor patrimonial líquido por ação saltou para R$ 32,90. O ganho fundiário reforça a estratégia da empresa em valorizar seu portfólio e melhorar alocação de capital.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.