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Ibovespa hoje: Natura e petroleiras movimentam índice em meio tensões no Oriente Médio

Investidores reagem à escalada do conflito entre EUA e Irã, com foco no petróleo, ações sensíveis à commodity e agenda cheia de indicadores econômicos

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Ibovespa hoje: Natura e petroleiras movimentam índice em meio tensões no Oriente Médio

A semana começou com clima de cautela nos mercados globais, diante da escalada do conflito no Oriente Médio após os ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas, no último sábado (21). No Brasil, o Ibovespa (IBOV), principal índice da Bolsa de Valores, abriu em queda de 0,30% aos 136.709,00 pontos, por volta das 10:25.

O movimento elevou os temores de uma retaliação por parte do Irã, especialmente com o possível fechamento do estratégico Estreito de Ormuz, por onde circula cerca de 20% do petróleo mundial.

Como reflexo imediato, os preços do petróleo abriram em alta moderada nesta segunda-feira (23). Às 08h30 (horário de Brasília), o barril do WTI para agosto subia 1,04%, negociado na Nymex, enquanto o Brent para setembro avançava 0,60% na ICE.

Esse cenário deve impactar a cotações de ações petroleiras na B3, como Petrobras (PETR3)(PETR4), Prio (PRIO3), Brava Energia (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3).

Altas e baixas do Ibovespa às 10:10

Com base nos dados até às 10h10, o destaque do Ibovespa ia para os papéis da Natura (NTCO3), que lideram as maiores altas, enquanto a CVC (CVCB3) aparece como a maior queda do dia até o momento.

Confira os destaques do pregão:

Maiores altas do Ibovespa (até 10h10)
EmpresaCódigoVariação (%)Último Preço
NaturaNTCO3+2,86%R$ 10,80
PrioPRIO3+1,22%R$ 44,09
Copel PNBCPLE6+0,56%R$ 12,48
CosanCSAN3+0,55%R$ 7,32
Lojas RennerLREN3+0,48%R$ 18,65
Maiores baixas do Ibovespa (até 10h10)
EmpresaCódigoVariação (%)Último Preço
CVC BrasilCVCB3-1,31%R$ 2,26
EmbraerEMBR3-1,30%R$ 71,59
IRB BrasilIRBR3-1,10%R$ 46,80
TIM BrasilTIMS3-0,98%R$ 21,31
VivaraVIVA3-0,86%R$ 25,25

Conflito no Oriente Médio pressiona commodities e mercados

O Parlamento iraniano aprovou neste domingo uma proposta para o fechamento do Estreito de Ormuz, em resposta aos bombardeios americanos.

Embora a decisão final dependa do Conselho Supremo de Segurança Nacional, o risco de interrupção do tráfego de navios petroleiros é suficiente para manter os preços da commodity em alta e o mercado em alerta.

Enquanto isso, líderes globais tentam frear a escalada militar com pedidos por uma solução diplomática.

Rússia e China condenaram a ação dos EUA na ONU, e os discursos da semana podem ajudar a direcionar os próximos passos da diplomacia — e dos mercados.

Semana cheia de indicadores no Brasil

A agenda doméstica traz divulgações importantes que podem influenciar a política monetária. Hoje, o Boletim Focus mostrou leve queda na projeção da inflação acumulada em 12 meses (IPCA 12M), que passou de 4,72% para 4,69%. Já o IGP-M de 2025 caiu pela sexta semana consecutiva, agora projetado em 3,70%.

Outros dados relevantes da semana incluem:

  • Terça-feira (24): Ata do Copom
  • Quinta-feira (26): IPCA-15 e Relatório de Política Monetária (RPM)
  • Sexta-feira (27): IGP-M de junho, PNAD Contínua e Caged de maio

A ata do Copom, especialmente, será observada de perto após o comitê elevar a Selic de 14,75% para 15% na semana passada, movimento que surpreendeu parte do mercado.

Agenda internacional: Powell, Lagarde e PIB dos EUA

No exterior, a atenção se volta para os discursos dos principais formuladores de política monetária do mundo:

  • Jerome Powell (Fed) comparece ao Congresso na terça e na quarta-feira
  • Christine Lagarde (BCE) e Andrew Bailey (Banco da Inglaterra) também discursam

Entre os indicadores, os destaques são:

  • Hoje (23): PMIs dos EUA (composto, serviços e indústria) às 10h45; vendas de moradias usadas às 11h
  • Quinta-feira (26): PIB final dos EUA no 1º trimestre
  • Sexta-feira (27): PCE (inflação americana) e sentimento do consumidor da Universidade de Michigan
José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.