Ibovespa hoje recua em meio tensão fiscal no Brasil, Powell e preço do petróleo

O Ibovespa (IBOV) começou esta quarta-feira (25) em ritmo de queda, refletindo um cenário misto no exterior e uma dose de cautela nos mercados locais, diante da expectativa pela votação na Câmara dos Deputados do projeto que revoga o aumento do IOF. Às 10h25, o principal índice da B3 recuava 0,50%, aos 136.477,68 pontos.

O movimento ocorre em um ambiente sem tendência clara no exterior, mas com destaque para falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), sobre juros e o cessar-fogo entre Israel e Irã.

Altas e baixas do Ibovespa às 10:20

No primeiros minutos do pregão, o Ibovespa (IBOV) era marcado por ações que destoavam da tendência e registravam ganhos relevantes, enquanto outras sofriam com a pressão vendedora.

Confira abaixo os destaques de altas e baixas entre os papéis que compõem o principal índice da bolsa brasileira:

Brasília em destaque: IOF no radar

A grande atenção no Brasil está voltada para a Câmara dos Deputados, que pode votar nesta quarta-feira o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que revoga o decreto do governo que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A medida é vista com apreensão pelo mercado por seu potencial impacto fiscal — e, principalmente, pela sinalização política de resistência ao ajuste de contas públicas.

Oriente Médio e petróleo: cessar-fogo ajuda, mas tensão persiste

No front internacional, o cessar-fogo entre Irã e Israel, ainda que frágil, segue em vigor.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o acordo “está indo bem”, após críticas feitas ontem sobre violações iniciais por ambos os lados.

A relativa trégua, no entanto, ainda não dissipou completamente os riscos geopolíticos, o que tem impulsionado os preços do petróleo, que sobem mais de 1% nesta manhã.

Powell e juros nos EUA: “esperar para ver”

Os mercados também aguardam com expectativa o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Senado dos EUA, programado para as 11h (horário de Brasília) — mesmo horário da divulgação das vendas de moradias novas por lá.

Na véspera, Powell manteve um discurso cauteloso, defendendo a estratégia de esperar mais dados antes de cortar os juros, embora tenha sinalizado que uma “maioria significativa” do FOMC vê espaço para iniciar cortes ainda este ano. A taxa básica segue na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.