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Ibovespa hoje: VALE3, CMIN3, produção industrial e IOF movimentam índice

Enquanto investidores digerem nova queda da produção industrial e acompanham o embate entre Executivo e Legislativo sobre o IOF

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Analise Ibovespa esta barato em dolares
Analise Ibovespa esta barato em dolares

O Ibovespa (IBOV) opera em oscilação nesta quarta-feira (3), em meio as tensões políticas com o IOF, dados de produção industrial no Brasil e revisões de projeções pela Vale (VALE3).

Por volta das 10:20, o principal índice da B3 subia 0,11% aos 139.698,59 pontos.

Altas e baixas do Ibovespa às 10:20

NomeÚltimoMáximaMínimaVar. %Vol.
CSN Mineração ON5,135,194,98+3,64%1,13M
Pão de Açúcar ON3,273,283,22+3,48%662,1K
Klabin Unit19,0919,1218,71+3,41%613,7K
CSN ON7,767,787,53+3,33%626,1K
Gerdau PN16,3216,4316,05+2,00%535,8K
NomeÚltimoMáximaMínimaVar. %Vol.
Marfrig ON22,2722,6622,23-1,46%205,3K
TIM ON21,8122,0821,78-1,40%408,5K
Smartfit ON24,3224,6524,30-1,10%84,9K
Iguatemi Unit22,9923,3522,96-0,99%90,4K
Minerva ON4,975,054,97-0,80%348,9K

O que influencia o Ibovespa hoje?

No centro das atenções está a batalha entre o governo federal e o Congresso sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Após a derrubada do decreto que previa altas em operações de crédito empresarial, câmbio e previdência privada, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com ação no STF pedindo a suspensão da decisão do Legislativo.

Em entrevista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a medida, alegando que se trata de um “ajuste tributário” e não de aumento de impostos, voltado para que “os mais ricos paguem mais”, a fim de evitar cortes em áreas como saúde e educação.

Produção industrial recua e reforça cautela

Complementando o noticiário doméstico, o IBGE divulgou que a produção industrial brasileira caiu 0,5% em maio ante abril, em linha com o esperado.

Em comparação com o mesmo mês de 2024, houve alta de 3,3%, sinalizando recuperação moderada do setor, mas ainda insuficiente para aliviar a percepção de estagnação.

Os dados reforçam a leitura de que a economia segue crescendo de forma desigual, o que, combinado à instabilidade política, dificulta projeções mais otimistas para o Ibovespa no curto prazo.

Vale revisa projeção, mas minério sustenta otimismo

Outro fator que pesa nos negócios é o anúncio da Vale (VALE3), que reduziu sua estimativa de produção de pelotas para 2025, passando de uma faixa entre 38 a 42 milhões de toneladas para 31 a 35 milhões. A decisão, segundo a empresa, reflete as condições de mercado.

Apesar da revisão, as ações da mineradora abriram o pregão em alta de 1,29%, cotadas a R$ 54,05, puxado pela valorização de 1,69% do minério de ferro em Dalian, na China.

O movimento dá algum suporte às ações ligadas a commodities metálicas no pregão desta quarta. Como é visto em outras empresas como CSN Mineração (CMIN3), que sobe 3,64% a R$ 5,13.

Lá fora: dividendos dos bancos animam, mas fiscal dos EUA preocupa

No exterior, os índices futuros dos EUA operam em leve alta, impulsionados por ações de grandes bancos como JPMorgan, Goldman Sachs e Morgan Stanley, que anunciaram aumentos de dividendos após bom desempenho nos testes de estresse do Federal Reserve (Fed).

No entanto, o otimismo é limitado pela crescente apreensão com a situação fiscal dos EUA. O Senado americano aprovou o projeto de orçamento proposto pelo governo de Donald Trump, que prevê cortes de impostos e gastos.

A medida, segundo analistas, pode piorar o desequilíbrio das contas públicas — que já acumulam mais de US$ 36,2 trilhões em dívida — e aumentar a pressão inflacionária em um cenário de juros altos.

Petróleo avança com Opep+ no radar

O petróleo Brent para setembro subia 1,24%, cotado a US$ 67,94 por barril, ajudando a sustentar os papéis de Petrobras (PETR4) e demais empresas do setor de energia.

A alta se dá em meio à expectativa pela reunião da Opep+, marcada para domingo (6), e pela divulgação dos estoques semanais de petróleo dos EUA, que sai ainda hoje.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.