Índice em alta

Ibovespa inicia com alta impulsionado por positiva dos ativos

Apesar da estabilidade inicial, o mercado brasileiro reage a fatores domésticos e internacionais que podem influenciar o fechamento do ano.

Ibovespa inicia com alta impulsionado por positiva dos ativos
  • O índice iniciou o último pregão de 2024 com pequena alta, impulsionado pelas commodities, mas cauteloso devido ao cenário internacional e previsões do Boletim Focus
  • O dólar subiu inicialmente, mas recuou para R$ 6,17, com foco no fechamento da taxa Ptax e incertezas fiscais
  • O Boletim Focus ajustou as previsões de inflação, enquanto o mercado de commodities como minério e petróleo se recupera, beneficiando o Ibovespa

O Ibovespa abriu o último pregão de 2024 com uma leve alta de 0,02%, alcançando 120.298 pontos. A expectativa de valorização segue, principalmente devido ao bom desempenho das commodities. Mas, com uma atenção especial às previsões do Boletim Focus, que pode impactar as expectativas de investidores.

Apesar disso, a situação nas bolsas internacionais não é favorável, com sinais de queda nas bolsas de Nova York e uma reação de cautela diante da subida dos juros. Esse cenário pode trazer volatilidade ao mercado doméstico, que, por enquanto, apresenta uma tendência estável.

O dólar sobe e depois recua, com o foco na taxa Ptax

O dólar abriu a sessão em alta de 0,11%, cotado a R$ 6,20, ampliando os ganhos de 3,20% no mês de dezembro.

No entanto, após a abertura, a moeda virou para uma leve queda de 0,22%, sendo cotada a R$ 6,17. A atenção está voltada para a taxa Ptax de dezembro, que será fechada nesta segunda-feira.

O evento pode gerar pressão de venda de investidores que têm posições cambiais no mercado, refletindo as incertezas do cenário econômico para o próximo ano, além das movimentações fiscais no Brasil.

Expectativas do Boletim Focus

O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, trouxe atualizações nas previsões do mercado para indicadores-chave como a taxa Selic e o IPCA.

Para 2024, o IPCA foi revisto para 4,90%, um pouco abaixo do teto da meta, mas ainda preocupado com o controle da inflação.

Já a previsão para a Selic se manteve em 14,75% até o final de 2025, mas os analistas indicam uma leve alta nas projeções para 2026 e 2027.

Esse panorama pode impactar as expectativas de crescimento e a confiança no mercado, influenciando diretamente o comportamento dos investidores no último pregão de 2024.

Movimentação das commodities

O mercado de commodities mostrou leve recuperação, com o minério de ferro subindo 0,98% nos mercados da China. O petróleo, por sua vez, registrou uma alta de 0,20% tanto nos contratos WTI quanto Brent.

No mercado de ADRs, que representam ações de empresas brasileiras no exterior, a Vale (VALE3) teve um pequeno avanço de 0,11%, enquanto a Petrobras (PETR3; PETR4) subiu 0,40% no pré-mercado de Nova York.

Esses movimentos refletem a recuperação de alguns setores e podem ajudar o Ibovespa a fechar o ano com uma performance positiva.

Cenário fiscal e político impactando o mercado brasileiro

O mercado brasileiro também observa com atenção os desdobramentos fiscais e políticos internos.

O ministro Flávio Dino, do STF, liberou parcialmente as emendas de comissão que estavam bloqueadas, trazendo um alívio imediato. No entanto, os investidores continuam atentos ao desempenho do setor público e às previsões de um déficit nas contas do governo de R$ 6,855 bilhões em novembro.

O cenário fiscal continua sendo um ponto de incerteza, mas o mercado aguarda com cautela as ações do novo governo e as perspectivas de crescimento para o próximo ano.