Ibovespa iniciou a terça em forte alta, impulsionado pelo avanço das principais ações

• A Bolsa brasileira sobe com força, puxada por ações da Petrobras, Vale, grandes bancos e varejistas, refletindo o bom humor do mercado externo
• A moeda americana cai para R$ 5,89 com expectativas de negociação entre EUA e China, enquanto índices de volatilidade nos EUA e no Brasil despencam
• Fundos imobiliários e ações de companhias aéreas registram fortes altas, impulsionados pela queda nos juros futuros e melhora no ambiente macroeconômico

O Ibovespa abriu o pregão desta terça-feira (8) em forte alta, impulsionado pelo avanço das ações da Petrobras, Vale, grandes bancos e empresas do varejo. Por volta das 10h30, o índice principal da Bolsa brasileira subia cerca de 1%. Atingindo, contudo, os 126.900 pontos e tentando consolidar um movimento de recuperação após sessões marcadas por volatilidade.

O bom humor global, com queda nos índices de volatilidade e a perspectiva de que os Estados Unidos possam moderar as tarifas anunciadas recentemente, ajudou a sustentar o desempenho positivo do mercado.

Ao mesmo tempo, o dólar comercial recuava 0,35%, cotado a R$ 5,889 na venda, devolvendo parte dos ganhos registrados na véspera, quando chegou à máxima desde fevereiro.

Juros futuros operavam de forma mista. Dessa forma, refletindo tanto a influência externa quanto os sinais internos de uma possível pausa no ciclo de alta da Selic. Investidores também acompanhavam o leilão de até 20 mil contratos de swap cambial promovido pelo Banco Central para rolagem do vencimento de maio de 2025.

Ações de peso lideram ganhos

As ações de empresas com grande peso no Ibovespa puxaram a alta desta manhã. Os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) abriram com valorização superior a 1,6%, beneficiados pela recuperação do petróleo no mercado internacional e pelo ambiente de apetite ao risco.

As ações da Vale (VALE3) oscilaram ao longo da primeira hora do pregão, mas se mantinham em leve alta de 0,27%. Dessa forma, cotadas a R$ 52,19, apoiadas na alta das commodities metálicas.

Além das gigantes estatais, bancos como Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) operavam no azul, com avanços entre 0,4% e 1,25%.

O desempenho do setor financeiro sustentava o otimismo do índice, assim como o avanço de empresas varejistas como Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Renner (LREN3).

Dólar recua e volatilidade global diminui

A moeda norte-americana devolveu parte dos ganhos recentes, com o dólar à vista caindo 0,35% e sendo negociado a R$ 5,889, enquanto o dólar futuro para primeiro vencimento recuava 0,71%, aos 5.898 pontos.

O alívio cambial ocorreu após uma escalada intensa nos últimos dias. Dessa forma, refletindo a preocupação dos mercados com a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

No entanto, investidores começaram a especular sobre uma possível negociação que alivie as tensões entre as duas maiores economias do mundo. Essa expectativa levou a uma forte queda do VIX, o índice de volatilidade da Bolsa de Chicago, que desabava 17,4%, aos 38,80 pontos. No Brasil, o VXBR, índice de volatilidade da B3, também cedia 15,3%, aos 22,51 pontos.

Fundos imobiliários e aéreas também sobem

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) registrava alta de 0,44%, alcançando os 3.268 pontos, nova máxima do dia. A performance positiva dos fundos refletia o recuo nos juros longos, em meio a apostas de que o Banco Central possa desacelerar o ritmo de aperto monetário diante do cenário global mais conturbado.

Outro setor que se destacava era o de companhias aéreas, com Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) avançando cerca de 2% cada. A valorização desses papéis indicava otimismo dos investidores com uma possível estabilização nos custos de combustíveis e no câmbio.

Confira abaixo os resultados das principais ações: