
- Petrobras (PETR3 e PETR4) começou o dia com leve recuo, mas, ao longo da manhã, as ações passaram a subir, com altas de 0,15% e 0,11%
- Banco do Brasil (BBAS3) teve leve alta de 0,14%, enquanto Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) operavam estáveis
- As companhias aéreas iniciaram o dia com desempenho positivo. Azul (AZUL4) avançou 0,27% e Gol (GOLL4) subiu 0,71%
O mercado financeiro brasileiro começou o pregão desta quinta-feira (20) em clima de instabilidade. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), registra queda leve de 0,06%, operando aos 132.431,12 pontos.
O dólar comercial, por sua vez, segue em alta e alcança R$ 5,664, acumulando valorização de 0,30% na manhã de hoje. As taxas de juros futuros apresentam comportamento misto, refletindo a incerteza dos investidores após a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
Ibovespa oscila após decisão do Copom
A quarta-feira foi marcada pelo anúncio do Copom, que optou por manter a taxa Selic em 10,75% ao ano. A decisão era amplamente esperada pelo mercado, mas a sinalização cautelosa do Banco Central quanto ao futuro da política monetária trouxe certa volatilidade aos ativos brasileiros.
Na abertura do pregão, o Ibovespa iniciou o dia com leve baixa de 0,02%, aos 132.482,73 pontos. Poucos minutos depois, a desvalorização se intensificou e o índice passou a operar em 132.358,34 pontos, recuando 0,11%.
No decorrer da manhã, o mercado seguiu sem forças para uma recuperação expressiva, com pequenas oscilações.
Dólar avança e renova máxima
O dólar comercial abriu a quinta-feira com valorização e atingiu a máxima de R$ 5,664 por volta das 10h26, com alta de 0,30%. O movimento reflete a busca por proteção diante das incertezas no cenário interno e externo.
Além disso, a divulgação da primeira parcial da taxa PTAX pelo Banco Central mostrou cotação de compra a R$ 5,6496 e de venda a R$ 5,6502.
A valorização da moeda americana pode ser atribuída ao fluxo de investidores migrando para ativos considerados mais seguros, diante das perspectivas econômicas globais e das sinalizações do Federal Reserve nos Estados Unidos sobre a política de juros.
Setores operam de forma mista
A manhã desta quinta-feira registrou desempenhos variados entre os principais setores da B3:
- Petróleo e Gás: Petrobras (PETR3 e PETR4) começou o dia com leve recuo, mas, ao longo da manhã, as ações passaram a subir, com altas de 0,15% e 0,11%, respectivamente. Por outro lado, as petroleiras juniores, como PRIO3 (-0,28%) e RECV3 (-2,25%), abriram em baixa.
- Bancos: O setor bancário apresentou desempenho modesto. Banco do Brasil (BBAS3) teve leve alta de 0,14%, enquanto Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) operavam estáveis.
- Varejo: As varejistas começaram o pregão majoritariamente no vermelho. Americanas (AMER3) caiu 1,70%, Magazine Luiza (MGLU3) recuou 1,15% e Petz (PETZ3) perdeu 1,08%. A exceção foi Azza (AZZA3), que registrou leve alta de 0,21%.
- Supermercados: O setor supermercadista seguiu tendência de baixa, com Carrefour (CRFB3) caindo 0,13%, GPA (PCAR3) recuando 1,17% e Grupo Mateus (GMAT3) com queda de 1,60%. Assaí (ASAI3) manteve-se estável.
- Siderurgia: O setor iniciou a sessão no vermelho. CSN (CSNA3) caiu 0,80%, Gerdau (GGBR4) perdeu 0,41% e Usiminas (USIM5) recuou 1,01%.
- Frigoríficos: Diferentemente de outros segmentos, as empresas do setor frigorífico registraram ganhos. Minerva (BEEF3) subiu 2,15%, JBS (JBSS3) avançou 1,64% e BRF (BRFS3) ganhou 0,51%.
- Aéreas: As companhias aéreas iniciaram o dia com desempenho positivo. Azul (AZUL4) avançou 0,27% e Gol (GOLL4) subiu 0,71%.
- Energia: A Eletrobras (ELET3 e ELET6) teve leve alta de 0,05% e 0,20%, respectivamente.
- Mineração: A Vale (VALE3), uma das principais companhias da Bolsa, iniciou o dia em queda de 0,54%, sendo negociada a R$ 57,11.
Perspectivas para o mercado
O cenário segue indefinido para os próximos dias, com investidores monitorando os desdobramentos da política monetária brasileira e os movimentos do Federal Reserve nos EUA. O desempenho do dólar e a movimentação dos juros futuros devem, portanto, ser determinantes para os rumos do Ibovespa no curto prazo.
Enquanto o mercado absorve as últimas decisões econômicas, os investidores seguem atentos a novos indicadores que possam influenciar a trajetória dos ativos brasileiros.
Confira o resultados das principais ações: