O Ibovespa (IBOV) encerrou a quarta-feira (11) com alta de 1,06%, fechando aos 129.593,31 pontos. O índice chegou a superar os 130 mil pontos durante o pregão, impulsionado por expectativas sobre a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros em 2024. No entanto, o quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também dividiu as atenções dos investidores.
O dólar à vista (USBRL) teve uma queda de 1,53%, fechando a R$ 5,9557 — valor abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde o início de dezembro. O mercado continuou monitorando o estado de saúde de Lula, que segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, após complicações relacionadas a um sangramento no cérebro. O presidente passará por um novo procedimento nesta quinta-feira (12).
A expectativa do mercado se concentra na reunião do Copom, que deve anunciar um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, levando-a para 12,00% ao ano. Essa decisão tem grande impacto sobre os rumos da economia brasileira, especialmente considerando o cenário de juros elevados e suas repercussões sobre o crescimento econômico.
Ações em alta e queda no Ibovespa
Entre os destaques positivos do pregão, as ações da Hapvida (HAPV3) subiram 9,28%, liderando as altas do índice. A empresa viu um forte impulso após projeções de reajuste de 5,6% para os planos de saúde nos próximos dois anos, de acordo com estimativas do BTG Pactual. Já os papéis da Totvs (TOTS3) também se destacaram, após a revisão da recomendação para “compra” pelos analistas.
A Petrobras (PETR4; PETR3) foi o papel mais negociado do índice e encerrou o dia com alta de 1,2%. Além da valorização do petróleo, a empresa avançou com a assinatura de um contrato no valor de US$ 800 milhões com a fornecedora de serviços SLB para atuar em campos offshore no Brasil.
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Na ponta negativa, as ações da Vale (VALE3) ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa, limitando os ganhos do índice principal. A mineradora foi impactada pela recente desvalorização do minério de ferro no mercado internacional.
Cenário externo e dados dos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de novembro registrou uma alta de 0,3% em relação ao mês anterior, com o ganho anual de 2,7%, alinhado com as expectativas do mercado. O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, também subiu 0,3%, totalizando uma alta de 3,3% no acumulado dos últimos 12 meses.
Esses dados reforçam as expectativas para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, marcada para os dias 17 e 18 de dezembro, onde a maioria dos analistas espera um corte de 25 pontos-base na taxa de juros, para a faixa de 4,25% a 4,50%.
O Nasdaq também registrou um marco histórico, superando pela primeira vez a marca dos 20 mil pontos, impulsionado pelo desempenho positivo das ações de tecnologia. A Alphabet, dona do Google, destacou-se com alta de 5% após o anúncio de novos chips quânticos, o que ajudou a empresa a superar um grande desafio na computação quântica.
Fechamento dos índices em Nova York
- S&P 500: +0,82%, aos 6.084,19 pontos;
- Dow Jones: -0,22%, aos 44.148,56 pontos;
- Nasdaq: +1,77%, aos 20.034,89 pontos, marcando o maior nível de fechamento da história.
