
- Ibovespa fecha em leve alta de 0,02%, aos 133.548,70 pontos, com apoio da Petrobras.
- Dólar avança 0,19% e vai a R$ 5,57, enquanto juros futuros recuam levemente.
- Wall Street opera em alta; ações de Vale recuam e bancos seguem sem direção única.
O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira (28) com leve alta de 0,02%, aos 133.548,70 pontos, em um dia de oscilação contida nos mercados doméstico e internacional. O movimento foi sustentado pelas ações da Petrobras (PETR4), que subiram 1,09%, em meio ao avanço do petróleo e perspectivas mais positivas para os dividendos da estatal.
Ao mesmo tempo, o desempenho limitado da Vale (VALE3), que recuou 0,99%, segurou uma recuperação mais ampla do índice. O minério de ferro teve nova queda em Dalian, pressionando o papel, que representa uma fatia relevante da carteira do Ibovespa.
Bancos dividem direções e freiam movimento do índice
As ações do setor financeiro apresentaram comportamento misto. O Itaú (ITUB4) caiu 0,06%, e o Banco do Brasil (BBAS3) recuou 0,30%, refletindo certa cautela com o cenário fiscal. Por outro lado, Santander Brasil (SANB11) avançou 0,42%, e Bradesco (BBDC4) teve leve alta de 0,06%, compensando parte das perdas.
Esse movimento lateralizado entre os grandes bancos impediu que o Ibovespa ganhasse mais tração. O investidor local também manteve postura mais defensiva, à espera de definições sobre os rumos da política monetária e o impacto das tensões comerciais com os Estados Unidos.
Além disso, os juros futuros apresentaram leve queda ao longo da curva, refletindo a combinação de dólar mais forte, mas com controle na inflação implícita. O recuo dos DIs ajudou a limitar a pressão sobre ações sensíveis ao custo do crédito.
Dólar avança com exterior, mas sem tensão local
No câmbio, o dólar comercial subiu 0,19%, encerrando o dia cotado a R$ 5,57. A valorização acompanhou o movimento global da moeda americana, em meio à expectativa por decisões de política monetária nos Estados Unidos e negociações comerciais em andamento com a China.
No entanto, o avanço da divisa no Brasil ocorreu de forma moderada, sem disparadas ou movimentos de aversão ao risco. O comportamento da moeda se manteve dentro do padrão recente, com forte correlação externa e poucas interferências domésticas nesta sessão.
Já os juros futuros recuaram, com destaque para os contratos de médio prazo. O DI para janeiro de 2027 caiu de 10,63% para 10,59%, e o DI para janeiro de 2029 passou de 11,10% para 11,06%, refletindo uma combinação de dólar mais forte e leve melhora na curva real.
Bolsas americanas sustentam cenário positivo
Os principais índices futuros dos Estados Unidos operaram em alta durante o dia. O Dow Jones Futuro subiu 0,09%, o S&P 500 avançou 0,23% e o Nasdaq ganhou 0,41%, refletindo um apetite maior por risco em Wall Street antes de balanços corporativos e indicadores econômicos esperados para a semana.
Esse cenário contribuiu para segurar o humor dos mercados emergentes, mesmo diante da pressão cambial. O exterior positivo impediu que o Ibovespa perdesse fôlego, ainda que a performance interna tenha sido limitada por movimentos setoriais divergentes.
Investidores seguem atentos às negociações comerciais entre EUA e China, além dos desdobramentos políticos no Brasil que seguem impactando expectativas fiscais e monetárias.